Folclorista e cientista social Angela Savastano morre aos 93 anos
Angela foi pioneira nos estudos da cultura popular e das tradições da região
A folclorista e cientista social Angela Savastano morreu aos 93 anos nesta terça-feira (05). Ela era uma das principais referências da cultura popular no Vale do Paraíba e no Brasil. A causa da morte não foi divulgada. O velório será no Parque das Flores, nesta quarta (06), em São José dos Campos e o sepultamento está marcado para às 16h no Crematório.
Nascida em Campo Grande (RJ), Angela mudou-se com a família para São José, em 1945, quando sua mãe resolveu acompanhar o irmão tuberculoso para se tratar. Ela se encantou pela cidade. Em São José, ela casou-se com o médico Rubens Savastano e teve oito filhos.
Casou-se muito cedo e, por isso, precisou abandonar os estudos. Seu marido era médico em uma cidade de tuberculosos, ou seja, muito conhecido por todos. Com a chegada de seus filhos, a última coisa para que teria tempo seria retornar aos estudos. Depois de criar os filhos, porém, passou a se dedicar aos estudos.
Angela frequentou a Escola de Belas Artes em São José, onde também formou-se em Ciências Sociais. Ela concluiu, posteriormente, em São Paulo, uma especialização em folclore, tornando-se bastante conhecida como folclorista.
A folclorista, a partir de 1986, passou a integrar a Comissão Municipal de Folclore, da FCCR (Fundação Cultural Cassiano Ricardo), e no ano seguinte sugeriu a criação do Museu do Folclore, que foi instituído oficialmente em 1997, quando ganhou uma sede no Parque da Cidade.
Angela era vice-presidente do Centro de Estudos da Cultura Popular, organização da sociedade civil sem fins lucrativos, responsável pela gestão do Museu do Folclore de São José.
A FCCR (Fundação Cultural Cassiano Ricardo) manifestou suas condolências a Angela, uma das fundadoras do Museu do Folclore, uma pioneira na preservação e valorização da cultura popular e das tradições regionais.
Foto: Reprodução
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