Febre de Pistache faz explodir importação e Brasil tenta cultivá-lo
O pistache, fruto mediterrâneo de sabor único e status sofisticado, conquistou os brasileiros e levou a um aumento significativo nas importações. Em 2023, o Brasil…
O pistache, fruto mediterrâneo de sabor único e status sofisticado, conquistou os brasileiros e levou a um aumento significativo nas importações. Em 2023, o Brasil importou 601 toneladas do fruto, quase o dobro da média anual dos cinco anos anteriores.
Até a metade de 2024, o volume já alcançava 400 toneladas, com expectativas de crescimento para 2025 devido à demanda sazonal por produtos como panetones e doces natalinos recheados com pistache.
Esse fenômeno é impulsionado por sua popularidade nas redes sociais e a associação com uma alimentação saudável, mesmo quando usado em receitas calóricas como hambúrgueres e brigadeiros. O pistache passou a ser visto como um ingrediente sofisticado e atraente, influenciando o consumo de forma massiva.
O desafio do cultivo nacional
Com a alta demanda, o Brasil começou a explorar a possibilidade de cultivar pistache. A Embrapa, em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), iniciou estudos sobre a viabilidade do cultivo em solo brasileiro. Apesar do potencial, a adaptação do pistache ao clima tropical é um desafio. Técnicas como o uso de hormônios vegetais para simular baixas temperaturas e a irrigação eficiente em polos como Petrolina/Juazeiro, conhecidos pela fruticultura, estão sendo avaliadas.
A produção nacional pode reduzir os custos e diminuir a dependência de importações de países como Irã, Estados Unidos e Chile. No entanto, questões como a importação de material genético e o controle de pragas como nematoides são obstáculos importantes a serem superados.
Com os estudos ainda em estágio inicial, a previsão é que o cultivo em larga escala leve cerca de dez anos para se tornar uma realidade. Enquanto isso, o pistache segue como um item de luxo no mercado brasileiro, com preços entre R$ 75 e R$ 80 por quilo.
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