Esmeralda avaliada em R$ 6 bi deverá ser devolvida ao Brasil após decisão nos EUA

Após uma longa disputa judicial, a Justiça dos Estados Unidos determinou a repatriação da Esmeralda Bahia, um dos maiores exemplares da pedra preciosa no mundo, encontrada em 2001 em Pindobaçu, no norte da Bahia. Com cerca de 380 kg, a esmeralda foi retirada do Brasil ilegalmente e enviada aos EUA com documentação falsificada. Desde então, tornou-se objeto de uma batalha jurídica entre os dois países.

A pedra preciosa, segundo a mídia norte-americana, pode valer até R$ 6 bilhões. O caso foi decidido no dia 21 de novembro de 2024 pelo juiz Reggie Walton, da Corte Distrital de Columbia.
A sentença reconhece o argumento do governo brasileiro, que considera a pedra um patrimônio cultural e museológico do país. Atualmente, a esmeralda permanece sob custódia da polícia em Los Angeles, na Califórnia. A decisão final da repatriação deverá ser protocolada até 6 de dezembro, mas ainda pode ser suspensa caso haja um recurso nos tribunais americanos.

Essa vitória é resultado de quase uma década de esforços conjuntos do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), da Advocacia-Geral da União (AGU) e do Ministério Público Federal (MPF). Segundo as autoridades brasileiras, a Esmeralda Bahia será incorporada ao Museu Geológico Nacional, reforçando seu valor como tesouro cultural do país.
A disputa reflete não apenas questões patrimoniais, mas também a necessidade de combater o tráfico de bens culturais e reforçar a cooperação internacional em casos de extração e exportação ilegais.

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