Entregadores em greve desde o início da manhã ainda não receberam retorno das empresas
Eles buscam mais ganhos e melhores condições de trabalho
Entregadores de aplicativo de todo o Brasil iniciaram hoje a mobilização “Breque Nacional”, uma paralisação que busca reajuste nos valores por entrega e mais medidas de segurança.
Com mais de meio milhão de entregadores no estado de São Paulo, a categoria cobra melhorias nas condições de trabalho, especialmente em relação à exposição a riscos de acidentes e violência, além dos custos com manutenção e combustível, arcados pelos profissionais.
As empresas, por sua vez, se manifestaram apenas por meio de nota no dia 24 de março, afirmando que a renda média dos entregadores cresceu 5% acima da inflação entre 2023 e 2024, atingindo R$ 31,33 por hora.
Nessas condições, para receber o valor equivalente ao salário mínimo, o entregador precisa trabalhar 8 horas por dia, sem considerar custos como depreciação e combustível.
O Sindmoto Vale, sindicato que representa a classe na região do Vale do Paraíba, ressalta que, na região, em uma jornada de 8 horas, os entregadores realizam cerca de 15 entregas, com custo de combustível de aproximadamente R$ 25,00, o que não justifica a posição das empresas.
Segundo o presidente Paulo Roberto (Bisqui), a greve, inicialmente prevista para durar até amanhã, pode ser prorrogada indefinidamente devido à falta de resposta das empresas, como iFood, 99 e Uber.
Em contato com a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa grande parte dos aplicativos de entrega, fomos informados de que a posição das empresas permanece a mesma. Não houve manifestação de interesse sobre negociações ou agendamento de reuniões com a categoria até o momento.
*Matéria em atualização
Foto: Reprodução
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