Empreendedorismo social: Entenda o modelo que faz do Brasil referência na América Latina
Empresas focam em desenvolvimento sustentável
O empreendedorismo social tem crescido no Brasil, combinando práticas inovadoras e soluções ambientais para gerar impacto positivo na sociedade.
Nesse modelo, a operação acontece por meio de iniciativas sustentáveis que, mesmo oferecendo soluções para problemas sociais, não deixam de ter lucros. Essas iniciativas podem atuar em áreas como erradicação da pobreza, saúde, educação e igualdade de gênero.
A maior parte das startups da América Latina com foco em empreendedorismo social, são brasileiras. A cada dez, seis estão no país e todas têm foco nos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU (ODS), segundo levantamento da Fundação Dom Cabral, que também aponta que 50% delas atingem o faturamento de R$500 mil anuais.
De acordo com Érika Pavanelli, analista do SEBRAE-SJC, o sucesso no empreendedorismo social é medido pela capacidade de resolver problemas sociais de forma eficaz, com sustentabilidade financeira, combinando eficiência e inovação. No entanto, os desafios incluem a identificação de oportunidades, a gestão de equipes e a aplicação de soluções criativas.
Luis Namura, CEO do grupo Vitae Brasil, destaca que, apesar das dificuldades de acesso a investimentos e regulamentação, o crescimento do empreendedorismo social é possível, especialmente com o aumento do interesse por sustentabilidade e impacto social. “Com o aumento da preocupação com sustentabilidade, impacto social e governança corporativa (ESG), há um ambiente favorável para o desenvolvimento desse tipo de negócio. Além disso, governos, investidores e consumidores estão cada vez mais interessados em apoiar empresas que busquem soluções para problemas sociais e ambientais. Com planejamento, inovação e parcerias estratégicas, é possível transformar desafios em soluções sustentáveis e gerar impacto positivo na sociedade”, conclui o especialista
A Solum, uma das empresas do grupo Vitae, é um exemplo de empresa social que atua transformando o lixo em energia limpa, contribuindo de forma positiva para o meio ambiente, a sociedade e a economia. Vale lembrar que o Brasil gera quase 80 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos por ano, sendo este um dos grandes problemas ambientais da atualidade.
Outro exemplo de empresa social é a Moradigna, fundada em 2015, que realiza reformas de moradias em comunidades de baixa renda, com soluções acessíveis e de baixo custo, sendo uma empresa que resolve um problema habitacional, sem deixar de ser escalável e lucrativa.
Para criar um negócio de impacto social, é essencial entender profundamente o problema a ser resolvido, viver a realidade do público-alvo e criar um modelo viável, validando constantemente as hipóteses. Empreendedores podem acessar recursos do Sebrae e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para orientação sobre aceleração e mapeamento desses negócios.
Foto: Reprodução
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