Doutor que operou Jonas Almeida fala com exclusividade sobre o tratamento e próximos passos
Responsável pela cirurgia torácica, Dr. Alexandre Gomes destaca recuperação rápida e vida normal após retirada de parte do pulmão
Em entrevista exclusiva, o cirurgião torácico Dr. Alexandre de Oliveira, responsável pelo procedimento de Jonas Almeida, falou sobre a cirurgia realizada e os próximos passos do tratamento do ex-apresentador, diagnosticado com câncer de pulmão.
Com mais de 25 anos de experiência na área, o médico é referência em cirurgia minimamente invasiva e atua como coordenador da cirurgia torácica robótica oncológica no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, além de ser cirurgião-chefe da Beneficência Portuguesa de São Paulo (BP Paulista e BP Mirante). A cirurgia de Jonas foi realizada no Hospital BP Paulista.
Recuperação rápida com técnica robótica
Segundo o especialista, o procedimento realizado foi uma cirurgia robótica, técnica minimamente invasiva que proporciona uma recuperação mais rápida e menos dolorosa ao paciente. “Alguns pacientes já retornam às suas atividades uma semana após a cirurgia, mas claro que isso é uma questão individual de cada um”, explica o doutor.
Vida normal após retirada parcial do pulmão
Jonas teve o lobo médio do pulmão direito retirado. Apesar do impacto que o diagnóstico pode causar, Dr. Alexandre destaca que a qualidade de vida não deve ser comprometida. “Como é jovem e, na avaliação pré-operatória, apresentava ótima função e capacidade respiratória, normalmente esses pacientes têm uma vida absolutamente normal após a cirurgia, principalmente quando realizada por técnica minimamente invasiva”, afirma.
Acompanhamento por cinco anos
Mesmo em casos de detecção precoce, como o de Jonas, o acompanhamento contínuo é indispensável. “Os pacientes devem ser acompanhados por cinco anos. Normalmente se realiza uma tomografia de tórax a cada 3 ou 4 meses, com o objetivo de detectar uma possível recidiva da doença”, ressalta o cirurgião.
Diagnóstico precoce: atenção mesmo fora do grupo de risco
Por fim, Dr. Alexandre reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. “A recomendação oficial de rastreamento é para fumantes ou ex-fumantes entre 50 e 80 anos, com uma carga tabágica significativa, que devem realizar tomografia de tórax anualmente”, explica. No entanto, ele faz um alerta: “Para pessoas fora desse grupo, especialmente aquelas com histórico familiar, é importante manter uma atenção especial. A carga genética é um fator relevante nesses casos”.
Foto: Divulgação
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