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Cuca pede demissão do Corinthians após caso de estupro de vulnerável

Alexi Stival, o Cuca, deixou o comando do Corinthians após dois jogos. O anúncio foi feito pelo próprio técnico na noite de ontem (26), durante…

Por Vinícius Froes

Alexi Stival, o Cuca, deixou o comando do Corinthians após dois jogos. O anúncio foi feito pelo próprio técnico na noite de ontem (26), durante coletiva de imprensa após vitória do time paulista contra o Remo por 2 a 0.

Cuca foi condenado pela Justiça da Suíça pelo estupro de uma menina de 13 anos na Suíça em 1987, que veio à tona após o anúncio do treinador no Timão, que possui diversas causas a favor das mulheres.

A equipe correu para abraçar e comemorar com Cuca após classificação nos pênaltis. O presidente do Corinthians, Duilio Monteiro Alves, lamentou a saída de Cuca e disse que o treinador está sofrendo um “massacre”. Ele anunciou que o clube já busca um substituto para Alexi.

“Eu saio neste momento, não é pelo o que eu queria. Se espera uma vida inteira para estar aqui. É um pedido da minha família. ‘Pai, vem, estamos precisando’. Amanhã estou em casa, vou cuidar de vocês”, disse Cuca em entrevista pós-jogo.

A chegada de Cuca foi conturbada e levantou protestos nas redes sociais e na porta do CT da equipe.

O caso Berna

De acordo com Adriano Wilson, do UOL, o advogado, Willi Egloff, representante da vítima de estupro na Suíça, em 1987, afirmou que a menina reconheceu Cuca como um dos agressores e que o sêmen dele foi encontrado em exame realizado pelo IML da Universidade de Berna e usado como prova. “A declaração de Alexi Stival (o Cuca) é falsa. A garota o reconheceu como um dos estupradores. Ele foi condenado por relações sexuais com uma menor.”.

Durante entrevista de apresentação no Corinthians, Cuca afirmou não ter sido reconhecido pela vítima.

O advogado confirmou a informação de que a vítima teria tentado suicídio após o crime. O processo rolou até 1989, quando Cuca e outros três jogadores foram condenados.

Cuca não se pronunciou sobre as declarações de Willi Egloff.

Foto: Reprodução/Corinthians TV

O que rolou no processo em 1989

A acusação de tornou condenação em 1989, mas não por suposto estupro. Eles foram acusados de violência sexual contra pessoa vulnerável.

A Justiça Suíça condenou os, na época, atletas do Grêmio, Cuca, Henrique Arlindo Etges e Eduardo Hamester a 15 meses de prisão e pagamento de US$ 8 mil. Fernando Castoldi foi condenado a três meses de prisão e multa de US$ 4 mil por ter sido considerado cúmplice. A pena estipulada nunca foi cumprida pois o Brasil não extradita seus cidadãos.

O que disse Cuca na época

Em entrevista ao Jornal dos Sports, em 1989, Cuca minimizou o caso, deu características da vítima e disse que “ela não tinha carinha de criança”. “A tal menina, a Sandra Pfaffli era do tamanho de um armário e não tinha carinha de menina, não. Ela subiu para fazer sexo com um de nós no apartamento. O nome, reservo-me o direto de omiti-lo. Estavam em pleno ato quando apareceu o pai dela e armou todo aquele escândalo. A partir daí, foram dias e noites infinitas. Estava há cinco dias no Grêmio e com um contrato de cinco meses a cumprir. Pensei que estivesse tudo acabado para mim, embora tivesse consciência tranquila. Quando soube da repercussão do caso na imprensa brasileira, aí mesmo é que me desesperei”.

Vinícius Froes

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