Criança e adolescente: casos de violações de direitos aumentaram em 2024
Números fazem parte de relatório do Conselho Tutelar da cidade
São José dos Campos registrou aumento no número de violações de direitos das crianças e adolescentes no ano passado. É o que aponta o relatório anual do Conselho Tutelar, apresentado nesta sexta-feira (21), em audiência pública realizada na Câmara Municipal. Os dados foram divulgados em conjunto com o CMDCU (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente).
Segundo o conselheiro tutelar Marco Aurélio de Souza, devido ao aumento significativo dos atendimentos, a entidade defende que o poder público municipal invista na ampliação do Conselho Tutelar da cidade, criando uma quarta unidade, além do fortalecer e aumentar o número de funcionários e materiais para melhor atuação do órgão.
De acordo com o balanço, os casos de violações de direitos de crianças e adolescentes aumentaram em 2024, quando comparado com 2023. Ao todo, no ano passado foram registrados 12.518 atendimentos, somando as três unidades: Centro (3.840), Sul (3.834) e Leste (4.844). Desse total, 5.824 geraram demandas para encaminhadas às secretarias municipais de Apoio Social ao Cidadão, Educação e Saúde.
Os dados são divididos por eixo de atuação. Quando o assunto é direito à vida e à saúde, foram registrados casos de violação, por exemplo, por falta de médico especialista em 264 registros no ano de 2024, em 2023 foram 262, quando o assunto é depressão, 351 casos no ano passado contra 255 no ano anterior e dependência de substâncias psicoativas foram registrados 228 em 2024 contra 221 em 2023.
Em relação ao direito à liberdade, respeito e dignidade os números de violência sexual registraram aumento no ano passado. Foram contabilizados 518 casos de abuso e estupro de vulnerável, em 2023 foram 484. As agressões físicas saltaram para 628 casos de espancamento, contra 505 em 2023. Neste eixo de atuação, compreende as violações por negligência, imprudência e imperícia, violência psicológica e bullying. Os casos de pobreza extrema motivaram 190 registros em 2024, contra 105 em 2023.
Já as violações do direito à educação, cultura, esporte e lazer registrou, por exemplo, um aumento nas faltas escolares sem justificativa. Em 2024, as faltas não justificadas atingiram 1.257 registros, em 2023 foram 774. A evasão escolar alcançou 706 casos em 2024, em 2023 foram 324. As faltas de vagas no ensino fundamental e de período integral na educação infantil, violam direitos de crianças e adolescentes.
Quando levado em conta os dados em relação ao trabalho, no eixo de profissionalização e proteção ao trabalho, os casos de trabalho infantil alcançaram 111 casos em 2024, em 2023 eram 103. A quantidade de mendicância também subiu de 31 em 2023 para 43 em 2024.
Nos casos do eixo de convivência familiar e comunitária, o abandono de incapaz registrou 172 casos em 2023 foram 132. Já os casos de afastamento por fuga chegaram a 156 em 2023 contra 92 em 2023. Nestes casos, também fazem parte das violações a ausência de um responsável legal e alienação parental.
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Foto: Flávio Pereira/CMSJC
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