Comer cachorro-quente pode reduzir vida em 36 minutos, diz pesquisa
Os cientistas avaliaram 5.853 alimentos comuns na dieta americana, utilizando uma métrica chamada Índice de Saúde Nutricional
Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, revelou um dado intrigante e preocupante: consumir um cachorro-quente pode diminuir a expectativa de vida em 36 minutos. Publicada no Nature Food, a pesquisa analisou o impacto de diferentes alimentos no tempo de vida saudável, propondo uma nova maneira de avaliar as escolhas alimentares baseadas no conceito de “minutos de vida perdidos” ou “ganhos”.
Os cientistas avaliaram 5.853 alimentos comuns na dieta americana, utilizando uma métrica chamada Índice de Saúde Nutricional. Esse índice foi desenvolvido a partir de dados que medem a carga de doenças associadas ao consumo de certos alimentos e nutrientes. No caso do cachorro-quente, os pesquisadores levaram em consideração fatores como o alto teor de sódio, gorduras saturadas, e conservantes presentes nas salsichas industrializadas, além dos carboidratos refinados no pão e dos condimentos como ketchup e maionese.
Por outro lado, o estudo também apontou que alimentos saudáveis podem adicionar minutos à vida. Por exemplo, consumir frutas e vegetais, como abacate e nozes, pode “ganhar” de 10 a 15 minutos adicionais.
Embora o dado tenha chamado atenção, especialistas em nutrição alertam que os resultados devem ser interpretados com cautela. “É um modelo teórico. Não significa que comer um cachorro-quente isoladamente irá encurtar sua vida. O mais importante é o padrão alimentar como um todo”, explica a nutricionista Paula Macedo.
O estudo reacendeu o debate sobre o consumo de alimentos ultra processados, cada vez mais presente na dieta mundial. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia alertado para os riscos desses produtos, que podem estar associados a doenças como hipertensão, obesidade e câncer.
Além do cachorro-quente, outros alimentos foram avaliados. Itens como refrigerantes açucarados e carnes processadas apresentaram impacto negativo na saúde, enquanto opções à base de plantas, como legumes, mostraram efeitos benéficos.
Os pesquisadores propõem que suas descobertas sejam utilizadas para orientar políticas públicas e campanhas de educação alimentar. Segundo eles, pequenas mudanças na dieta diária, como substituir uma carne processada por uma porção de grão-de-bico, podem gerar benefícios significativos a longo prazo.
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