Ciro Gomes é alvo de pedido de prisão preventiva por perseguição e ofensas

A Advocacia do Senado Federal pediu a prisão preventiva do ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), acusado de ofender e perseguir a prefeita de Crateús e ex-senadora Janaína Farias (PT). O pedido foi protocolado na Justiça Eleitoral do Ceará no início de setembro e ainda não foi analisado pelo juiz responsável.

Ciro já responde a um processo por violência política de gênero desde 2024, após declarações contra Janaína quando ela assumiu vaga no Senado. Em entrevistas, ele a chamou de “cavalo” de Camilo Santana, atual ministro da Educação, e insinuou que sua trajetória política estaria ligada a relações pessoais.

Mesmo após virar réu, o ex-governador voltou a fazer ataques, afirmando que a prefeita “recrutava moças pobres para serviços sexuais” a mando de Camilo. Para a Advocacia do Senado, as repetidas ofensas justificam a prisão preventiva ou, ao menos, medidas cautelares que impeçam novas agressões.

A defesa de Ciro nega violência política de gênero e afirma que as críticas foram dirigidas a Camilo Santana, não a Janaína. O advogado Walber Agra classificou o pedido como “abusivo” e disse que não há requisitos legais para a prisão.

Em maio, Ciro já havia sido condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal a indenizar Janaína em R$ 52 mil por danos morais e proibido de repetir ofensas, decisão que ainda está em recurso.