Chocolate e vinho podem prevenir demência, diz pesquisa canadense
Atualmente, cerca de 2 milhões de pessoas vivem com demência no Brasil, principalmente entre a população acima de 60 anos. Cerca de 8,5% dos idosos do país têm a doença
Um estudo recente conduzido pela Queen’s University Belfast, do Canadá, e publicado na revista JAMA Network Open concluiu que o consumo de alimentos ricos em flavonoides, como chocolate amargo, vinho tinto e frutas vermelhas, pode reduzir o risco de demência em até 28%.
Liderada pela professora Aedín Cassidy, a pesquisa analisou dados de mais de 120 mil adultos do banco de dados do UK Biobank. Os participantes, com idades entre 40 e 70 anos, foram monitorados ao longo de 9,2 anos, e aqueles com dietas mais ricas em flavonoides apresentaram menor incidência de demência.
Os flavonoides, compostos antioxidantes encontrados em plantas, são conhecidos por suas propriedades anti-inflamatórias e anticâncer. No estudo, as pessoas que consumiram pelo menos seis porções diárias de alimentos e bebidas ricas nesses compostos, incluindo chá, vinho e berries, mostraram uma significativa redução no risco de declínio cognitivo. O impacto positivo foi ainda mais notável em pessoas com predisposição genética para a demência ou com sintomas de depressão.
Dr. Amy Jennings, coautora do estudo, enfatizou que, apesar de o consumo de vinho precisar ser moderado devido ao teor alcoólico, incluir alimentos ricos em flavonoides pode ser uma medida simples e eficaz para a saúde cerebral a longo prazo.
A pesquisa é parte de um esforço contínuo para identificar medidas preventivas contra a demência, visto que atualmente não existem tratamentos eficazes para a doença.
De acordo com dados da Universidade de São Paulo (USP), atualmente, cerca de 2 milhões de pessoas vivem com demência no Brasil, principalmente entre a população acima de 60 anos, onde aproximadamente 8,5% são afetados pela doença.
O envelhecimento da população brasileira e fatores como sedentarismo e baixa escolaridade são grandes influenciadores do aumento dos casos de demência, com uma projeção para alcançar 5 milhões de pessoas até 2050.
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