Caso Felca: Governo vai enviar projeto de lei para regulamentar redes sociais após repercussão sobre denúncia
Projeto deve ampliar fiscalização das redes sociais para coibir conteúdos que estimulam crimes contra menores, motivado pela denúncia sobre sexualização de jovens nas plataformas.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende enviar, nos próximos dias, um projeto de lei ao Congresso Nacional para regulamentar o funcionamento das plataformas digitais no Brasil.
A proposta tem como objetivo combater crimes contra crianças e adolescentes e surge após a denúncia feita pelo youtuber Felca sobre a sexualização de menores nas redes sociais.
Segundo Rui Costa, a medida busca ampliar a fiscalização e responsabilizar empresas que lucram com a veiculação de conteúdos nocivos. Ele afirmou que algumas plataformas digitais faturam bilhões de dólares sem controle adequado, permitindo que crimes como pedofilia, tráfico de crianças, prostituição, tráfico de drogas e fraudes bancárias ocorram no ambiente online.
“Plataforma digital não pode estimular o crime. Ganhar dinheiro facilitando crimes contra pessoas vulneráveis é inaceitável”, disse o ministro, em entrevista à rádio Alvorada FM, da Bahia.
O ministro ressaltou ainda que a proposta pretende aperfeiçoar a legislação brasileira, garantindo que as redes sociais sejam responsabilizadas quando promoverem ou facilitarem práticas ilegais que afetam crianças, adolescentes, idosos e mulheres.
A mobilização foi impulsionada pelo vídeo publicado por Felca, em que o youtuber acusa o influenciador Hytalo Santos de promover a sexualização de jovens com o objetivo de gerar engajamento nas redes. A denúncia repercutiu nacionalmente, levou autoridades a se manifestarem e colocou o tema no centro do debate político.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que já existem diversos projetos sobre o assunto em tramitação e que pretende pautar uma proposta para votação ainda nesta semana. A expectativa é que o novo texto do Executivo seja analisado em conjunto com outras iniciativas já em discussão no Congresso.
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