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Câncer de colo do útero: prevenção e cuidados

A infecção genital por este vírus é muito frequente e em alguns casos, podem evoluir para o câncer,  Estas alterações são identificadas no preventivo (Papanicolaou),…

Por Dra. Janaína Ribeiro

A infecção genital por este vírus é muito frequente e em alguns casos, podem evoluir para o câncer, 

Estas alterações são identificadas no preventivo (Papanicolaou), e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso é importante a  realização periódica deste exame.

É o terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e do colorretal, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

É uma doença de desenvolvimento lento que pode cursar sem sintomas em fase inicial e evoluir para quadros de sangramento vaginal espontâneo ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal/com odor e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais nos casos mais avançados.

Quando diagnosticado na fase inicial, as chances de cura do câncer cervical são de 100%.

De acordo com o ministério da saúde, toda mulher que tem ou já teve vida sexual e que estão entre 25 e 64 anos de idade. Devido à longa evolução da doença, o exame pode ser realizado a cada três anos. Para maior segurança do diagnóstico, os dois primeiros exames devem ser anuais. Se os resultados estiverem normais, sua repetição só será necessária após três anos. 

O tratamento depende da avaliação do médico, entre os mais comuns estão a cirurgia e a radioterapia.

O tipo de tratamento dependerá do estadiamento da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade e desejo de ter filhos.

Prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo papilomavírus humano (HPV). 

A transmissão da infecção pelo HPV ocorre por via sexual, presumidamente através de abrasões microscópicas na mucosa ou na pele da região anogenital. Consequentemente, o uso de preservativos (camisinha) durante a relação sexual com penetração protege parcialmente do contágio pelo HPV, que também pode ocorrer através do contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal.

Os principais fatores de risco estão relacionados ao início precoce da atividade sexual e múltiplos parceiros. Deve-se evitar o tabagismo (diretamente relacionado à quantidade de cigarros fumados) e o uso prolongado de pílulas anticoncepcionais, hábitos também associados ao maior risco de desenvolvimento deste tipo de câncer.

Vacinação contra o HPV

O Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal, em 2014, a vacina tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 13 anos de idade. Esta vacina protege contra os subtipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. 

Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero. 

A vacinação, em conjunto com o exame preventivo (Papanicolaou), se complementam como ações de prevenção deste câncer. Mesmo as mulheres vacinadas, quando alcançarem a idade preconizada (a partir dos 25 anos), deverão fazer o exame preventivo periodicamente, pois a vacina não protege contra todos os subtipos oncogênicos do HPV.

Dra. Janaína Ribeiro

Médica, especialista pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, Janaina Ribeiro cuida da saúde e bem-estar feminino de forma humanizada e personalizada, a fim de atender e compreender cada mulher. Como colunista, comanda o projeto com objetivo de incentivar o autocuidado.

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