A Justiça do Distrito Federal condenou a empresa Victor Dog Trainer Serviços de Adestramento ao pagamento de R$ 15 mil ao tutor de uma cadela da raça american pitbull que morreu enquanto estava sob os cuidados da equipe. A decisão, proferida pelo 6º Juizado Especial Cível de Brasília, determinou o pagamento de R$ 5 mil por danos materiais e R$ 10 mil por danos morais.
O tutor havia contratado o serviço para preparar a cadela para a chegada de um bebê na família. O contrato previa hospedagem, material de trabalho, certificado de conclusão, transporte do animal e aulas de transição e reintrodução. Cerca de um mês após a entrega do animal ao adestrador, o tutor recebeu a notícia da morte.
Segundo o processo, a cadela sofreu uma parada cardiorrespiratória após uma briga entre cães. Para o Judiciário, houve negligência da empresa quanto ao dever de segurança e preservação da saúde do animal, o que configurou falha na prestação do serviço.
A empresa recorreu, afirmando que não teve culpa no episódio e alegando que a morte não estaria diretamente ligada à sua atuação. A defesa ainda afirmou que um catador de lixo teria chutado o animal enquanto tentava separar a briga, e pediu abatimento proporcional do valor do contrato.
Os magistrados, porém, entenderam que havia vínculo direto entre o ocorrido e a atuação da empresa, destacando que o tutor enfrentou forte abalo emocional ao ser informado da morte — chegando a cancelar o chá de fraldas que organizava com a família.
Em nota ao portal Metrópoles, a Victor Dog Trainer afirmou ter apresentado provas que indicariam se tratar de um “evento inesperado e alheio” à equipe, negando conduta negligente. A empresa disse ainda respeitar a decisão judicial, embora discorde da interpretação adotada no processo.

