Brasil é responsável por 46% das fake news sobre autismo no Telegram
Volume é de 611 informações incorretas mensais
O estudo “Desinformação sobre Autismo na América Latina e no Caribe”, realizado pela Fundação Getúlio Vargas e pela Associação Nacional para Inclusão das Pessoas Autistas (Autistas Brasil), revelou que nos últimos 6 anos, a desinformação sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) aumentou 150 vezes nas comunidades do Telegram da América Latina e Caribe. O pior momento, segundo o estudo, foi durante a pandemia de Covid-19, quando as fake news surgiram em uma quantia 635% maior.
Entre janeiro de 2019 e janeiro de 2025, o número de postagens com informações erradas, que era de 4, passou a 611 mensais.
A análise foi feita com base em 58 milhões de publicações direcionadas a 1.659 grupos em 19 países, com destaque para o Brasil, campeão de desinformação no assunto, sendo o responsável por 46% de todas essas postagens, atingindo cerca de 1,7 milhão de usuários.
A desinformação sobre o TEA alimenta o preconceito e dificulta acompanhamento e ações eficazes por parte dos cuidadores. Além disso, prejudica o diagnóstico precoce à medida que fortalece estigmas sem fundamento científico e leva pessoas a abandonar treinamentos eficazes.
Existem veículos especialistas em informações sobre a doença e sempre é possível consultar um médico ou um representante da saúde pública local para obter informações precisas e orientações sobre a condição.
Uma forma de ajudar é não compartilhar informações sem checar com pessoas aptas a prestar orientações sobre o assunto.
Foto: Reprodução/Freepik
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