Assédio sexual em creche: mães fazem denúncia contra servidor público suspeito de abusar de crianças

Duas mães, que terão as identidades preservadas, fizeram uma denúncia de que um funcionário de uma creche da rede municipal de São José dos Campos, localizada na Zona Norte, supostamente cometeu assédio sexual contra suas filhas. R.S. é servidor público desde 2017 e tem o salário de R$ 2.185,69.

No Boletim de Ocorrência, uma das mães da vítima, uma menina de 3 anos, disse que em março deste ano, a criança havia contato que o “Tio”, como R.S. é chamado pelas crianças, tinha beijado sua bochecha e boca. Após o ocorrido, a responsável questionou a professora que disse que o caso era improcedente, já que a aluna não ficava sozinha com “Tio” e ele é um bom professor.

Novamente em abril, a menina disse que o educador havia beijado sua boca.

No dia 16 de setembro a mãe da primeira vítima foi procurada por outra mãe de uma aluna que estuda junto com a vítima e compartilhou que o educador também havia beijado sua filha na boca.

Após isso, a mãe de uma delas pediu para que a criança demonstrasse como educador brincava com ela. Segundo a criança, ela disse que eles brincavam de casinha e que ele pedia que ela deitasse ao lado dele e fingisse que estava chorando. Ele a acalmava tocando em seu ombro. Em seguida, ela demonstrou que ele abria sua boca e colocava a língua dentro.

A criança relatou uma série de outros abusos e a mãe disse que a criança também se queixou de dores nas partes íntimas. Ao analisar, percebeu que a região estava bem avermelhada.

A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) está investigando o caso e não pode revelar detalhes.

Questionada sobre o caso, a Prefeitura de São José dos Campos disse por meio de uma nota oficial que:

“Em relação à grave denúncia na Emei Maria Ottoboni, a Prefeitura se solidariza com as famílias e informa as providências que foram imediatamente tomadas:

1. Foi feita a ficha SINAN (Sistema de informação de Agravos de Notificação), acionado o Conselho Tutelar e encaminhado o caso para apuração da autoridade responsável, a Delegacia de Defesa da Mulher.
2. O suspeito foi afastado da escola enquanto as apurações ocorrem.
3. Uma equipe do Serviço de Orientação Educacional, com psicólogos e assistentes sociais, está à disposição para atender as crianças, familiares e professores.
4. A Prefeitura reforça que todas as escolas municipais têm uma rede articulada de proteção às crianças. Casos suspeitos podem ser comunicados à direção que está preparada para ajudar. Denúncias de violência contra a criança também podem ser feitas pelo telefone 181 ou 100”.

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