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Anvisa retira do mercado glitters com plástico usados em confeitarias

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou nesta quinta-feira (13) a suspensão imediata da fabricação, comercialização, distribuição e uso de quatro marcas de glitter e pós decorativos que vinham sendo utilizados em doces, bolos e outras produções de confeitaria. A medida foi adotada após a constatação de que os produtos continham materiais plásticos e substâncias não autorizadas para uso em alimentos.

Segundo a agência, as análises identificaram a presença de componentes como polipropileno (PP), tereftalato de etileno (PET) e polimetilmetacrilato (PMMA) — todos materiais plásticos proibidos em formulações destinadas ao consumo humano. Em alguns casos, também foi encontrado um ingrediente descrito como “metal de transição laminado atômico 99”, cuja composição não tem autorização para uso alimentar.

Os produtos eram comercializados com rótulos que indicavam ou sugeriam o uso em confeitaria, o que levou a Anvisa a reforçar que itens decorativos aplicados sobre alimentos precisam seguir as mesmas regras sanitárias que qualquer outro produto comestível. Isso significa que apenas substâncias avaliadas e aprovadas pela agência podem ser utilizadas em alimentos, independentemente da finalidade estética.

Entre as marcas suspensas estão Glitz, da Fab Indústria e Comércio de Produtos para Artes e Festas; Jeni & Joni, da Nadja F. de Almeida Confeitos; Iceberg Chef, da Iceberg Indústria e Comércio; e Jady Confeitos, da empresa de mesmo nome. Todos os produtos dessas linhas — incluindo glitters e pós decorativos de diversas cores — foram alvo da decisão, por apresentarem irregularidades na composição e por promoverem o uso em alimentos.

A Anvisa determinou que as empresas responsáveis recolham os produtos do mercado e apresentem planos de devolução. O órgão também orienta que consumidores que tenham adquirido qualquer um dos itens listados interrompam imediatamente o uso, especialmente em preparações alimentares. É possível entrar em contato com os fabricantes ou com os canais da Anvisa para solicitar informações sobre o recolhimento e denunciar eventuais irregularidades.

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