Alerta: 72% das mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave estão ligadas à gripe Influenza A
Boletim mostra alta nos casos entre crianças pequenas e idosos; especialistas reforçam a importância da vacinação.
O mais recente boletim InfoGripe da Fiocruz acendeu o sinal de alerta: a gripe Influenza A está por trás de mais de 70% das mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil. Os dados são da Semana Epidemiológica 21 (18 de abril a 25 de maio).
Segundo os especialistas, a doença está pegando forte principalmente entre crianças pequenas e idosos. Crianças de até 2 anos estão com muitos casos de internação, e entre os mais velhos, infelizmente, o número de mortes preocupa.
Enquanto isso, os casos causados por outro vírus, o VSR (Vírus Sincicial Respiratório), que também atinge bastante os menores, começaram a dar sinais de estabilização ou queda em lugares como São Paulo, Rio Grande do Norte e Distrito Federal.
Apesar disso, a Influenza A continua circulando com força em estados como Mato Grosso do Sul e Pará, mesmo com sinais de que o aumento dos casos pode estar começando a desacelerar.
Veja os dados dos últimos 30 dias:
- Influenza A: 36,5% dos casos positivos e 72,5% das mortes
- VSR: 50,7% dos casos positivos e 12,6% das mortes
- Rinovírus: 14,7% dos casos e 9,7% das mortes
- Covid-19 (Sars-CoV-2): 2,1% dos casos e 5,9% das mortes
Vacina é essencial
A pesquisadora Tatiana Portella, do InfoGripe/Fiocruz, reforça: a vacinação é a principal arma neste momento. “A vacina leva cerca de 15 dias para começar a proteger, então quanto antes, melhor”, alerta. Crianças, idosos e grupos de risco devem se vacinar o quanto antes.
SRAG em alerta na maior parte do país
De acordo com o boletim, 22 estados brasileiros estão com alta nos casos de SRAG. A lista inclui São Paulo, Minas, Rio, Bahia, Amazonas, Paraná, entre outros. Também há crescimento em 19 capitais, como São José dos Campos, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Manaus, Curitiba e Recife.
Números do ano até agora
Em 2025, o Brasil já registrou mais de 75 mil casos de SRAG. Quase metade (48,7%) teve confirmação de algum vírus respiratório. Entre os casos positivos, os principais vírus detectados foram:
- VSR: 44,9%
- Influenza A: 20,7%
- Rinovírus: 23,4%
- Covid-19: 12,2%
- Influenza B: 1,2%
Vale destacar que o período de maior circulação de vírus respiratórios ainda não acabou. De acordo com especialistas, é importante manter os cuidados, se vacinar e, ao primeiro sinal de sintomas mais fortes, procurar atendimento médico.
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