Alcoólicos Anônimos: participação de mulheres tem recorde de crescimento
Ao longo de 90 anos, o AA se consolidou como uma rede global, presente em 180 países e com cerca de 120 mil grupos ao redor do mundo
Nesta terça-feira (10), Alcoólicos Anônimos (AA) completa 90 anos desde sua criação nos Estados Unidos, em 1935. No Brasil, essa data é acompanhada por dados significativos. As reuniões voltadas exclusivamente para mulheres registraram aumento de cerca de 44,7% após a pandemia, totalizando hoje aproximadamente 65 grupos femininos, presenciais e virtuais em todo o país.
Segundo Lívia Pires Guimarães, presidente da Junta de Serviços Gerais de Alcoólicos Anônimos no Brasil (JUNAAB), a influência do álcool em mulheres muitas vezes está associada à vida doméstica e a falta de visibilidade nesse assunto. O formato aplicado durante o isolamento social, mantido atualmente no formato presencial, permitiu que mulheres compartilhassem temas delicados, como agressões, maternidade e julgamento familiar.
“Todas as ações são feitas por integrantes da irmandade. São eles que vão pensar, idealizar, trabalhar para acontecer e fazer”. Afirma a especialista.
Ao longo de 90 anos, o AA se consolidou como uma rede global, presente em 180 países e com cerca de 120 mil grupos ao redor do mundo. No Brasil, estima-se a existência de cerca de 5 mil unidades, responsáveis por mais de 12 mil reuniões semanais.
A Folha de S. Paulo destaca que, em 2023, o consumo abusivo entre mulheres cresceu de 10,5% (2010) para 15,2%, enquanto entre homens se manteve estável – reforçando a importância do apoio específico disponível hoje no AA.
Para quem busca apoio, informações sobre horários e locais de reunião, sejam mistas, exclusivas para mulheres ou virtuais, estão disponíveis nos canais oficiais do AA com unidades espalhadas por todo país.
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