A relação da órbita da terra e o Dia da Mentira
Tradição começou em 1564
Imagine o ano não começar em janeiro, mas sim no final de março. Assim funcionava a França do século XVI. Na época vigorava o calendário juliano, criado por Júlio César. Uma forma de contagem que não considerava os 365 dias que a Terra leva para orbitar o Sol, de forma que as estações do ano ficavam desalinhadas dentro do período.
Para resolver esse problema, o rei Carlos IX da França, em 1564, adotou o calendário gregoriano, criado pelo Papa Gregório XIII. Nesse modelo, todas as estações cabiam no período de 365 dias, mas o ano começava oficialmente em 1º de janeiro, além da adoção do conceito do ano bissexto, para compensar as horas “extras” da órbita da Terra.
A mudança, apesar de inovadora, não foi bem aceita por todos. Muitos franceses insistiam em celebrar o Ano Novo no final de março, próximo ao equinócio da primavera, um evento que ocorre duas vezes por ano, quando o dia e a noite têm a mesma duração em todo o planeta.
Para ridicularizar os “desatualizados”, aqueles que já haviam aderido ao novo calendário começaram a pregar peças em tom de brincadeira. Eles convidavam as pessoas para festas de Ano Novo que não existiam, enviavam presentes em caixas vazias e faziam todo o tipo de brincadeira, que parecia verdade, mas era uma mentira. Daí veio a tradição das brincadeiras e do dia 1º de abril ser considerado o Dia da Mentira com toda “liberdade poética” que a data oferece para pegadinhas e brincadeiras.
Atualmente, o calendário é usado por quase todas as nações do mundo e a tradição do Dia de Mentira foi incorporada a várias culturas.
Foto: Reprodução
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