Embraer é condenada por discriminação racial e de gênero em São José dos Campos
Justiça do Trabalho determina reintegração, pagamento retroativo e indenização à funcionária
Foto: Embraer
A Justiça do Trabalho de São José dos Campos condenou a Embraer por práticas de discriminação racial e de gênero contra a trabalhadora Izabela Rubens da Silva. A decisão, publicada no dia 17, reconheceu que a empresa manteve um ambiente de trabalho marcado por assédio moral e condutas abusivas. Ainda cabe recurso.
Contratada em 2018, Izabela relatou ter sido alvo de comentários racistas sobre o cabelo e a aparência, exclusão de projetos e tratamento desrespeitoso. Após formalizar as denúncias por meio de um canal interno da empresa, foi demitida. O processo também identificou a ocorrência de sofrimento psicológico associado ao ambiente de trabalho.
A sentença determinou que a Embraer reintegre a funcionária ao cargo, com as mesmas condições anteriores à demissão, e efetue o pagamento de salários, férias e 13º retroativos a julho de 2024. A empresa deverá ainda indenizar a trabalhadora em R$ 81.411,76 por danos morais, cobrir os custos advocatícios e periciais e recolher os depósitos de FGTS referentes ao período.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, que acompanhou o caso, afirmou que a condenação representa um avanço na luta contra o racismo e o machismo nas relações de trabalho e destacou a importância de denunciar práticas discriminatórias.


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