Novas regras para carregadores de carros elétricos em prédios geram debate
Exigências de segurança entram em vigor em 2026, mas custos e aplicação em edifícios antigos preocupam especialistas
O Conselho Nacional de Comandantes-Gerais dos Corpos de Bombeiros (CNCGBM) publicou novas normas para a instalação de carregadores de carros elétricos em prédios. O objetivo é reduzir riscos de incêndio e padronizar procedimentos em todo o país.
Entre as exigências estão ponto de desligamento manual próximo ao carregador, disjuntor exclusivo e sinalização clara das estações de recarga.
Em prédios novos, as regras são ainda mais rigorosas. Será obrigatório ter sistema de detecção de incêndio, sprinklers, ventilação mecânica e estrutura resistente ao fogo por, no mínimo, duas horas.
Para edifícios antigos, a adaptação inclui adequações na parte elétrica, integração de chuveiros automáticos aos hidrantes existentes e atualização dos sistemas de detecção de incêndio. Garagens externas terão normas mais flexíveis, por apresentarem menor risco de propagação de incêndio.
Apesar do foco em segurança, a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) criticou a medida. Segundo a entidade, algumas exigências são difíceis de aplicar em prédios já existentes e podem gerar custos altos para condomínios e shoppings.
A ABVE também questiona a obrigatoriedade de sprinklers apenas por haver carregadores, sem respaldo em normas internacionais, e destaca que veículos a combustão também oferecem riscos, mas não recebem exigências equivalentes.
As regras entram em vigor 180 dias após a publicação, com adaptação gradual para itens como sprinklers e alarmes, conforme regulamentações estaduais. Ou seja, no início de 2026.
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