SUS realiza 60% dos exames de imagem no país, mas acesso ainda é maior na saúde privada
Entre os exames, a maior desigualdade está na ressonância magnética, feita 13 vezes mais na rede privada do que no SUS
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Foto: Reprodução
Um levantamento do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem revelou que o SUS foi responsável por seis em cada dez exames de imagem feitos no Brasil em 2023, somando mais de 101 milhões de procedimentos.
Apesar disso, os beneficiários de planos de saúde tiveram maior acesso: foram cerca de 1.323 exames por mil usuários, enquanto no SUS a média foi de 634 por mil.
O estudo mostra que a desigualdade diminuiu em exames como raio-X, ultrassom, tomografia e ressonância, mas ainda é alta em alguns casos. Na ressonância magnética, por exemplo, pacientes da saúde suplementar realizaram 13 vezes mais exames do que os atendidos pelo SUS.
Na mamografia, essencial para o rastreamento do câncer de mama, a diferença também é expressiva: mulheres com plano fizeram 3,5 vezes mais exames do que as atendidas pela rede pública.
A pesquisa ainda apontou disparidades na disponibilidade de equipamentos. O Sudeste concentra a maior parte das máquinas, enquanto Norte e Nordeste têm menos acesso, especialmente a mamógrafos e aparelhos de ressonância.
O estudo faz parte do Atlas da Radiologia no Brasil 2025, elaborado com dados do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
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