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A viagem mais importante de todas

Olá, seja bem-vindo ao nosso primeiro encontro por esta página. Aqui você encontrará bastante material para se conhecer um pouco mais. Meu objetivo é falar…

Por Carlos Abranches
Foto: Carlos Abranches, Colunista do Portal Aqui Vale. Foto: Divulgação.

Olá, seja bem-vindo ao nosso primeiro encontro por esta página. Aqui você encontrará bastante material para se conhecer um pouco mais.

Meu objetivo é falar do que precisamos para fazer a viagem mais importante de todas – a que nos levará para dentro de nós mesmos.   

Um dos aspectos que quero abordar, nesse início de prosa, é o fato de convivermos com a rapidez quase incontrolável da velocidade das coisas.

Se hoje ocupo uma determinada função na vida ou no trabalho, amanhã posso não estar mais nela.

Nos dias de agora, mais cedo ou mais tarde, viveremos a experiência de ser um “ex” de alguma coisa.

Há o ex-marido de fulana, ex-mulher de sicrano, ex-aluno, ex-professor, ex-empregado, ex-patrão.

Na convivência com as idas e vindas das relações humanas, somos sobreviventes históricos de abandonos na infância, de adeuses na juventude, de rompimentos na maturidade e de desvinculações na velhice.

De tudo isso, restou-nos a certeza de que somos vulneráveis, de que nossa suposta segurança pode se derreter diante da constatação do improvável, do que foge ao nosso controle, do que nos afeta de forma inesperada

De repente, aquela forma de diálogo com o filho que deixou de ser criança passou a ser inoperante, diante da chegada da adolescência, sempre reivindicativa e transformadora.

Meu objetivo é falar do que precisamos para fazer a viagem mais importante de todas – a que nos levará para dentro de nós mesmos.”   

Carlos Abranches

As velhas táticas de negociação entre marido e mulher dissiparam-se nas transformações de cada um. O machismo do homem enrijecido de antes não se encaixa mais no mundo renovado da feminilidade consciente.

A jogada infantil da mulher frágil e desamparada não convence mais a ninguém, quando o que se revela de verdade é a imaturidade de quem permanece sentada em sua zona de conforto, quando teima em não crescer.

Somos vulneráveis. Isso significa que estamos cada vez mais em contato com a dura realidade da insegurança pessoal, da real possibilidade de ver nosso projeto não dar certo, nossa ideia não ser apreciada, nosso afeto ser negado.

Aprender a lidar com isso pode ser o caminho para preservar a própria integridade. Reconhecer a queda dos muros virtuais de uma segurança inexistente pode fazer subir as resistências legítimas, vindas da intimidade do ser que descobre em si mesmo recursos para superar o que não se sustenta, senão sob o amparo do conhecimento de si mesmo.

Novos propósitos podem se abrir, se a gente quiser.

Então, que tal ser um ex-dependente emocional, ou um ex-derrotado por antecipação, em vez de ser alguém que se acostumou tanto com o chão, que não pensa mais em se aventurar nos céus do crescimento pessoal?

Vamos lá? A decisão é nossa…

Carlos Abranches

Renomado jornalista e apresentador de televisão, possui uma carreira brilhante na área de comunicação somada com inúmeros outros talentos, como músico, professor e psicanalista. Em sua coluna no Aqui Vale sobre psicologia e relações humanas, Abranches vai refletir sobre a importância do autoconhecimento para uma vida melhor e mais saudável.

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