Israel derruba mais um prédio em Gaza e anuncia ofensiva terrestre
Edifício de 12 andares foi destruído nesta segunda-feira (8); o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu que moradores evacuem a cidade antes da entrada das tropas
Israel voltou a bombardear a Cidade de Gaza nesta segunda-feira (8) e derrubou o edifício Al-Roya 2, de 12 andares, que abrigava dezenas de famílias deslocadas pela guerra. Este foi o quarto arranha-céu destruído em quatro dias consecutivos pela ofensiva israelense.
O ataque ocorreu após o ministro da Defesa, Israel Katz, prometer que uma “tempestade de furacão” atingiria a cidade. Segundo o Exército, o prédio era usado pelo Hamas para instalar equipamentos de inteligência e preparar ataques contra as forças de Israel. A evacuação de moradores e de centenas de tendas próximas havia sido ordenada poucas horas antes do bombardeio.
Em comunicado, Katz afirmou que este é o “último aviso” para o Hamas libertar os reféns e entregar as armas, sob pena de “aniquilação”. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reforçou que 50 edifícios já foram destruídos por supostamente servirem de base para o grupo.
Netanyahu disse que Israel se prepara para uma operação terrestre na Cidade de Gaza, que o governo considera a principal base do Hamas no território. Ele pediu que os moradores saiam da área. O Exército abriu rotas de fuga para Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, indicada como “zona humanitária”. A ONU estima que cerca de 1 milhão de pessoas vivem na cidade.
Guerra em andamento
O conflito começou em 2023, quando combatentes do Hamas atacaram o sul de Israel, matando 1.200 pessoas e levando mais de 250 reféns. Parte deles foi libertada em negociações de cessar-fogo, mas dezenas ainda permanecem em poder do grupo.
A ofensiva israelense reduziu grande parte da Faixa de Gaza a escombros. Segundo autoridades de saúde, mais de 64 mil palestinos morreram desde o início da guerra.
Enquanto isso, o Hamas afirmou que avalia uma nova proposta de cessar-fogo apresentada pelos Estados Unidos, classificada pelo presidente Donald Trump como a “última chance” de acordo.
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