Entenda os riscos do retransplante de rim que Faustão enfrentou

Fausto Silva, conhecido como Faustão, passou por dois transplantes na última semana: fígado e rim. O procedimento renal foi um retransplante, pois ele já havia recebido o primeiro rim em 2023.

O nefrologista José Moura Neto, presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia, explicou ao GShow que entre 15% e 20% dos transplantes renais no Brasil são retransplantes. Esses casos ocorrem quando o órgão perde função devido à rejeição crônica, retorno da doença ou outras complicações.

Segundo Moura, há pacientes que chegam a receber até quatro rins ao longo da vida. No caso de Faustão, a situação é ainda mais delicada, pois ele já passou por um transplante de coração. O curto intervalo entre as cirurgias e o uso intenso de imunossupressores aumentam os riscos.

“Receber múltiplos transplantes em um curto período é um desafio. Cada cirurgia eleva o risco de rejeição e complicações. Além disso, o uso contínuo de imunossupressores deixa o paciente mais vulnerável a infecções”, explica o especialista.

O médico ressalta que, em média, um rim de doador falecido dura entre 10 e 15 anos, enquanto o de doador vivo pode durar de 15 a 20 anos. Para aumentar a sobrevida do órgão, é fundamental seguir o tratamento corretamente, manter hábitos saudáveis e controlar doenças como hipertensão e diabetes.

Saúde de Faustão está em estado crítico após múltiplos transplantes

Atualmente, o estado de saúde de Faustão é considerado crítico. Ele enfrenta uma infecção bacteriana grave que evoluiu para sepse, uma inflamação severa que pode causar falência de órgãos. Essa complicação motivou a necessidade dos transplantes recentes.

Faustão já acumulava transplantes de coração e rim nos últimos anos. O histórico das cirurgias, somado ao uso constante de imunossupressores, torna a recuperação um processo complexo e delicado, que requer cuidados intensivos e equipe especializada.