Aviões da Embraer ficam fora do tarifaço de Trump e empresa evita prejuízo bilionário
Principal mercado da Embraer, os EUA concentram mais da metade dos pedidos atuais da fabricante brasileira
Mesmo com o decreto assinado por Trump, impondo um tarifaço sobre os produtos brasileiros, o setor aeronáutico foi poupado. Aeronaves civis e componentes de aviação seguirão com a taxação atual de 10%, em vigor desde abril.
A medida, que entra em vigor no dia 6 de agosto, é uma retaliação do governo americano a ações do Brasil que, segundo a Casa Branca, representam ameaças à segurança nacional dos EUA.
No entanto, a decisão de manter a alíquota de 10% para aviões e peças evita um impacto direto sobre a Embraer, uma das principais exportadoras brasileiras.
Atualmente, o Estados Unidos é responsável por 45% das vendas de jatos comerciais e 70% dos jatos executivos da fabricante brasileira. Na carteira atual de pedidos da Embraer, mais da metade (52,4%) dos aviões, 229 de um total de 437, foram encomendados por clientes norte-americanos.
Internamente, a empresa já estimava que, caso a nova tarifa se aplicasse ao setor, o impacto seria de até R$ 50 milhões por aeronave vendida. A exclusão da aviação da nova taxação, portanto, representa um alívio estratégico e financeiro.
O decreto assinado pelo presidente dos Estados Unidos detalha que a tarifa extra não será aplicada a itens considerados estratégicos ou essenciais, como alumina, metais preciosos, energia, fertilizantes e aeronaves civis.
“O imposto adicional nesta ordem não se aplicará a artigos que são isentos por 50 U.S.C. ou estabelecidos no Anexo I desta ordem, incluindo […] aeronaves civis e suas peças e componentes”, diz o texto.
A Embraer ainda não se manifestou.
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