Esquadrilha da Fumaça: o balé aéreo que volta a encantar o céu joseense

Para engrandecer o céu da nossa cidade, a Esquadrilha da Fumaça retorna a São José dos Campos neste domingo (27), como parte das celebrações pelos 258 anos do município. O espetáculo aéreo, marcado para às 16h no Deck da Avenida Anchieta, promete mais do que manobras — é um encontro entre tradição e identidade, em uma cidade onde o céu é parte do cotidiano e da vocação tecnológica.
A Esquadrilha é um verdadeiro fenômeno nacional, daqueles que atravessam o tempo com charme, precisão e orgulho. Mas afinal, de onde veio essa ideia de desenhar o céu com fumaça.

Tudo começou com um grupo de jovens instrutores de voo da Força Aérea Brasileira (FAB), no início da década de 1950. A criação nasceu do entusiasmo dos pilotos da antiga Escola de Aeronáutica, no Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro. O objetivo? Mostrar ao grande público a eficiência da aviação militar e despertar emoções em quem assistia da terra.

A primeira apresentação oficial foi em 14 de maio de 1952, com aviões T-6 Texan soltando fumaça branca a partir de óleo injetado no escapamento. O visual impactante logo conquistou plateias por todo o país. Era como assistir a um balé aéreo, com os pilotos traçando desenhos e acrobacias impossíveis no céu.
O sucesso foi tanto que, em 1953, o grupo foi oficializado como Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA). A escolha do nome “Esquadrilha da Fumaça” foi popular e espontânea — surgiu naturalmente a partir do impacto visual causado pelas acrobacias com trilhas de fumaça no céu.

De lá para cá, a Esquadrilha passou por mudanças, novos modelos de avião, mais tecnologia, e uma base fixa em Pirassununga (SP), onde está desde 2013. Já voaram com o Fouga Magister, T-25 Universal, T-27 Tucano e, hoje, com o potente A-29 Super Tucano.

A Esquadrilha da Fumaça foi criada com um propósito simples, mas poderoso: inspirar. E ao longo de mais de 70 anos, tem cumprido esse papel, promovendo o ideal de servir ao país pelos ares e encantando milhões de espectadores.

Mais que um show, a Esquadrilha da Fumaça é um lembrete de que é possível tocar o céu. E em uma cidade como São José dos Campos — onde o céu não é o limite, mas o ponto de partida para ideias e inovações — esse voo ganha ainda mais significado. Que possamos celebrar do alto — literalmente.

(Foto: Claudio Vieira/PMSJC/Reprodução)