SUS vai oferecer implante contraceptivo de graça a partir do segundo semestre
Dispositivo já usado na rede privada pode custar até R$ 4 mil; governo pretende distribuir 1,8 milhão de unidades até 2026
O implante contraceptivo subdérmico Implanon passará a ser oferecido gratuitamente pelo SUS a partir do segundo semestre deste ano. A inclusão foi aprovada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) e confirmada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Segundo o ministro, as equipes serão orientadas e as unidades básicas de saúde preparadas para o início da oferta ainda neste ano. “Agora vamos orientar as equipes, fazer a compra e orientar as Unidades Básicas para, já no segundo semestre deste ano, começar a utilizar no SUS”, afirmou Padilha.
O método será destinado a mulheres em idade fértil, de até 49 anos. Hoje, o Implanon já é utilizado no SUS, mas de forma restrita, voltado a grupos específicos como mulheres com HIV, privadas de liberdade, trabalhadoras do sexo e pacientes em tratamento com antibióticos da classe dos aminoglicosídeos.
Na rede particular, o custo do Implanon varia entre R$ 2 mil e R$ 4 mil. Com a ampliação no SUS, a expectativa é de que 1,8 milhão de unidades sejam distribuídas até 2026 — sendo 500 mil ainda em 2025. O investimento previsto é de R$ 245 milhões.
A portaria oficializando a medida será publicada nos próximos dias. Após isso, o Ministério da Saúde terá até 180 dias para garantir a oferta em todo o país, o que inclui atualizar protocolos, comprar os dispositivos, capacitar os profissionais e organizar a logística de distribuição.
O Implanon é um bastão flexível de 4 cm de comprimento, inserido sob a pele do braço. Ele libera gradualmente o hormônio etonogestrel, que impede a ovulação e dificulta a entrada de espermatozoides, oferecendo proteção por até três anos.
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