Brasil avança na eliminação da transmissão de mãe para filho do HIV e busca certificação internacional
O pedido de certificação foi realizado na última terça-feira (03)
O Brasil deu um passo significativo na luta contra o HIV ao registrar, em 2023, uma taxa de transmissão vertical, ou seja, de mãe para filho, inferior a 2%. Além de uma taxa de infecção em crianças abaixo de 0,5 caso por mil nascidos vivos. Pela primeira vez, esses resultados posicionam o país para obter a certificação internacional de eliminação da transmissão vertical do HIV como problema de saúde pública.
A documentação que comprova esses avanços foi entregue pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, à Organização Pan-Americana da Saúde durante a abertura do XV Congresso da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis, no Rio de Janeiro. Padilha destacou que essa conquista é fruto do trabalho conjunto de profissionais de saúde, governos estaduais e municipais, e da reconstrução do Sistema Único de Saúde (SUS).
O pedido de certificação integra o programa Brasil Saudável, que tem o objetivo de eliminar a transmissão vertical de HIV, sífilis, hepatite B, doença de Chagas e HTLV até 2030. O Brasil faz parte de um grupo de países comprometidos com a Opas/OMS na eliminação dessas infecções como problemas de saúde pública.
Em 2023, a taxa de mortalidade por aids no Brasil foi de 3,9 óbitos por 100 mil habitantes, a menor desde 2013. Além disso, mais de 95% das gestantes realizaram pelo menos uma consulta de pré-natal, testagem de HIV e, quando necessário, iniciaram tratamento durante a gestação.
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