Servidores do TJSP iniciam greve nesta quarta (14), após acumularem perda salarial de 30%

Os servidores do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo iniciaram nesta quarta-feira (14) uma greve geral da categoria. Anunciada no final de abril, a paralisação reivindica reajuste nos salários e benefícios dos servidores. Em São José dos Campos, o grupo se reuniu em frente ao Fórum Estadual, no Jardim Aquarius, zona oeste da cidade.

Segundo a ASSETJ (Associação dos Servidores do TJSP), a categoria acumula perdas de mais de 30% em remuneração desde 2002 enquanto os magistrados não sofreram nenhuma perda salarial. A associação aponta ainda, que existe uma diferença no tratamento entre os magistrados e os funcionários. A assembleia que decidiu pela greve foi realizada no último dia 11 de abril, na Praça João Mendes, no centro de São Paulo, e reuniu mais de 600 servidores de todo o estado.

Em resposta às reivindicações dos servidores, o presidente do TJSP, desembargador Fernando Antônio Torres, anunciou um pacote de reajustes para os servidores que inclui: reajuste de 5% nos vencimentos iniciais, via gratificação judiciária a partir de 1º de março de 2025; aumento no auxílio-alimentação de R$ 65 para R$ 80 diários a partir de 1º de abril; reajuste no auxílio-creche e auxílio a filho com deficiência de R$ 805 para R$ 1207,50; indenização de férias e licença-prêmio com pagamento mensal de 10 dias de férias ou 15 dias de licença-prêmio, além de 10 dias de compensação (crédito em maio) e ajuste de 20% na diferença salarial entre Assistentes Sociais/Psicólogos Judiciários e Enfermeiros Judiciários a partir de 1º de maio.

A Associação dos Servidores do TJSP declarou na que a categoria “deve manter a pressão pela reposição integral de 30,24%”. Segundo a ASSETJ, o tribunal deixou em aberto a possibilidade de revisão, mas condicionou novos reajustes à “reavaliação orçamentária”.