Mães vacinadas protegem bebês contra Covid-19 através da amamentação
Anticorpos são transmitidos em altos níveis na amamentação exclusiva
Um estudo realizado pelo Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) demonstrou que os anticorpos presentes no leite materno são uma defesa natural e eficaz contra a Covid-19, e que a amamentação exclusiva potencializa essa proteção.
A pesquisa acompanhou mães vacinadas contra a Covid-19 com vacinas de diferentes marcas e constatou que o leite materno apresentou altos níveis de anticorpos neutralizantes. Entre as mães que amamentam de forma exclusiva — ou seja, as que não oferecem outros líquidos ou alimentos sólidos ao bebê até os 6 meses de vida — a transmissão de anticorpos foi de 22,6%. Já entre as que não amamentam exclusivamente, o percentual foi de 16,1%.
Vale lembrar que a vacinação de bebês com menos de 6 meses de vida ainda não está disponível no Brasil, fato que deixa esses dados ainda mais relevantes. Outro ponto importante é que o tipo de vacina recebida pelas mães (mRNA, vírus inativado ou vetor viral) não impactou a quantidade de anticorpos no leite materno.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a amamentação exclusiva até os seis meses de vida e a amamentação comum até os dois anos. Um dos benefícios dessa prática é a proteção gastrointestinal, prevenção de sobrepeso e obesidade, além da contribuição para o bom desenvolvimento cognitivo do bebê devido ao equilíbrio de nutrientes.
A amamentação também funciona como um incentivo para políticas públicas de saúde, com o objetivo de proteger tanto mães quanto bebês. Ela é essencial para o equilíbrio hormonal da mãe após a gestação, além de reduzir o risco de câncer de mama e de ovários.
Foto: Reprodução
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