Alerta da ANVISA: Novos casos de botulismo causado por botox estético
Fabricantes terão que alterar a bula
O Botox, nome popular da toxina botulínica, é uma substância produzida por uma bactéria chamada Clostridium botulinum. No passado, chegou a ser estudado como uma possível arma durante a Segunda Guerra Mundial por ser altamente tóxico para o sistema nervoso. No entanto, hoje é amplamente usado para tratamentos estéticos e médicos.
A versão comercial do Botox é uma forma purificada e diluída da toxina, que bloqueia os sinais nervosos e relaxa os músculos. Na última década, o produto vem sendo amplamente procurado por pessoas que buscam tratamentos simples e pouco invasivos, já que sua aplicação visa suavizar rugas e tratar condições como enxaqueca, espasmos musculares, bruxismo e incontinência urinária. De acordo com pesquisa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o botox representa 91% dos procedimentos não cirúrgicos no Brasil, ficando atrás apenas do preenchimento.
Mas apesar da alta demanda, é importante se atentar aos riscos. O principal deles está na aplicação inadequada ou em reações adversas, que podem causar complicações graves, como a paralisia respiratória, típica do botulismo. Embora seja raro, o botulismo exige atendimento imediato, com aplicação de antitoxina, e deve ser comunicado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Recentemente, dois casos de botulismo foram notificados, levando a agência a emitir um alerta reforçando que as aplicações de Botox devem ser feitas apenas por profissionais qualificados, em locais autorizados e com medicamentos registrados, conforme as orientações da bula.
A Anvisa também exigiu que os fabricantes incluam a informação sobre o risco de a toxina afetar áreas distantes da aplicação, com sintomas como paralisia, exigindo ação médica imediata.
Foto: Reprodução
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