Denise Seixas, viúva do apóstolo Rina, acusa nova fraude na Bola de Neve
Ela aponta que o antigo conselho age ilegalmente em seu nome
A defesa da pastora Denise Seixas, viúva do apóstolo Rina, fundador da igreja Bola de Neve, enviou ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) uma ação com suposta fraude realizada pelo antigo conselho administrativo nas contas da instituição.
De acordo com a reportagem da CNN, o documento foi enviado à Justiça no dia 13 de janeiro. Na denúncia, a presidente da Bola de Neve aponta que o antigo conselho da empresa, incluindo Everton César Ribeiro, “vêm agindo ilegalmente em seu nome, através de redes sociais, outorgando procurações, além de movimentar contas bancárias”.
Ainda segundo a CNN, no documento, o antigo conselho da igreja é acusado de movimentar ilegalmente os lucros da instituição, “por intermédio” de uma outra conta bancária.
Além de expor as movimentações, o processo mostra que Denise também oficializou o Bradesco, banco em que mantém a conta de igreja, para ter total acesso e controle às contas igreja.
Denúncias
Em dezembro de 2024, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) iniciou a apuração de outros supostos desvios de dinheiro, também por parte da ex-diretoria que ocupava a liderança da Igreja Bola de Neve.
Segundo a denúncia, Everton César Ribeiro, Gilberto Custódio de Aguiar, Renê Guilherme Koerner e Rodrigo Arruda Bicudo realizaram ações suspeitas após assumirem a presidência da Bola de Neve, como movimentações financeiras na conta de Rina, bem como utilizar empresas de fachada para prestação de serviços à igreja.
De acordo com a CNN, eles emitiam notas fiscais milionárias e usavam um documento confidencial assinado por Denise e pelo apóstolo Rina, no qual a viúva renunciaria à vice-presidência para justificar ações administrativas dentro da instituição.
No dia 25 de novembro, após Denise assumir a presidência da igreja, os quatro denunciados convocaram um ato solene para instalar uma nova gestão. Eles moveram um processo contra ela, alegando esbulho (quando há privação total e ilegal da posse de um bem), turbação (quando há privação parcial e ilegal do bem) e ameaça.
Empresas suspeitas
Entre as empresas que constam no documento enviado ao MP, estão a SIAF Solutions, Green Grid Energy e a Filhos do Rei Serviços de Conservação, que possuem vínculos com os denunciados e realizaram movimentações milionárias envolvendo a igreja. Veja abaixo:
- SIAF Solutions: Empresa registrada em nome e endereço de Everton Cesar Ribeiro. Controlava a arrecadação de dízimos com taxas de 3-5%, totalizando R$ 492 mil;
- Green Grid Energy: Empresa recém-criada, também em nome de Everton, responsável por serviços de consultoria financeira à igreja, declarou faturamento de R$ 6 milhões;
- Filhos do Rei Serviços de Conservação: Tem como sócia Kelly Cristina Ribeiro Bettio, irmã de Everton Cesar Ribeiro. Emitiu notas fiscais no valor de R$ 1,4 milhão, porém o endereço registrado como a sede da empresa, é uma residência, onde desconhecem a sua existência.
Alterações em Registro Civil
Ainda no documento obtido pela CNN, constam mudanças realizadas no registro da igreja pelos quatro requeridos, além da nomeação de um novo presidente.
Um dos trechos diz que, no dia 26 de novembro, o denunciado Gilberto Custódio de Aguiar pediu uma alteração em cartório da certidão de óbito do apóstolo Rina, onde tentou tirar o nome de Denise como a esposa do apóstolo, para impossibilitá-la de assumir a presidência.
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EVERTON NUNCA MECENGANOU