Comerciantes da região central reclamam de perturbação de pessoas em situação de rua

Comerciantes da região central de São José dos Campos, reclamam de perturbação ocasionada por pessoas em situação de rua.

Na tarde desta segunda-feira (14), por volta das 12h, Vitoria Toé, proprietária de uma sorveteria localizada próxima ao Parque Santos Dummont, disse que um morador em situação de rua entrou em seu estabelecimento e começou a coagir os clientes para que pagassem comida a ele.

Segundo Vitória, ela pediu que ele se retirasse do local e, aparentemente alterado, o morador em situação de rua começou a gritar com ela e bateu no balcão. O seu esposo conseguiu fazer com que ele saísse do estabelecimento e ligaram para a polícia, que de acordo com Vitória, chegaram uma hora e meia depois do ocorrido.

Após a polícia chegar, encontraram o morador em situação de rua no local próximo ao estabelecimento e de acordo com Vitória nada aconteceu.

“Antigamente, as pessoas tinham mais respeito por policial, hoje em dia não tem mais isso. Hoje em dia existe muita lei e proteção. Acho que todo mundo ficou mais refém. Acho que o bandido sempre é certo e os inocentes são errados. Eu acho que as pessoas estão muito mais recuadas”, disse Vitória, que já teve a loja furtada por seis vezes.

Outra comerciante contou que havia um homem “totalmente alterado” em frete ao seu estabelecimento, localizado na rua Maestro Egídio Pinto, no Jardim São Dimas, pedindo esmola a todos que passavam.

Segundo uma nota da Prefeitura de São José dos Campos enviada a Band Vale em janeiro de 2024, a cidade possuía 172 pessoas em situação de rua.

“A contagem é feita pela equipe do serviço de abordagem social do município, uma vez por semana, sempre aos domingos. São dez equipes de abordagem social, que contam ainda com 10 kombi e 3 veículos de apoio, atuando todos os dias da semana, inclusive nos sábados, domingos e feriados, 24 horas por dia. As equipes são formadas por 62 educadores sociais e 8 assistentes socais. A partir da abordagem social, são oferecidos às pessoas todos os serviços à disposição no município, como acolhimento em abrigos, encaminhamento para a Secretaria de Saúde, para tratamento de dependência química e até mesmo recâmbio para suas cidades de origem, dentro de uma metodologia humanizada que prevê o acionamento de equipamentos de assistência social desses municípios antes do envio das pessoas. A pessoa que aceita ajuda é levada ao Centro Pop, onde é feita a triagem e o encaminhamento para o local adequado. A Prefeitura também disponibiliza oficinas e atividades de convívio e socialização pelo Centro Pop, com o objetivo de incentivar o desenvolvimento pessoal e profissional, oferecendo mais qualidade de vida e oportunidade para voltar ao mercado de trabalho. Os abrigos municipais estão preparados para acolher todos os moradores em situação de rua. Ao todo são 17 abrigos para vários públicos. Sendo 3 abrigos masculino adulto, 1 abrigo masculino para pessoas com limitações para atividades de vida diária, 1 abrigo feminino/LGBT, 1 abrigo famílias e indivíduos, 4 unidades para idosos (Instituições de Longa Permanência para Idosos), 6 unidades protegidas (infantil, crianças feminino, crianças masculino, adolescentes feminino, adolescentes masculino e de pessoas com deficiência crianças e adolescentes), e 1 unidade protegida e sigilosa feminino.”, dizia a nota.

Até o fechamento dessa matéria a Prefeitura de São José dos Campos não se manifestou sobre o caso. Deixamos o espaço em aberto para esclarecimentos.

Confira o vídeo: https://www.instagram.com/reel/DBKG8Datbw9/?igsh=MXU0bmx6bWN4bzYzdw==

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