NEUROCIENTISTA EXPLICA COMO PRESSÃO PODE AFETAR CÉREBRO DOS ATLETAS DURANTE AS COMPETIÇÕES

A vida de um atleta não é fácil, além da rotina pesada com treinos, viagens frequentes e uma agenda apertada é preciso manter o foco e superar desafios internos que muitas vezes não são percebidos pelo público. Para conseguir alcançar a vitória, eles precisam vencer não apenas seus concorrentes, mas também a si próprios. São nesses momentos em que a mente desempenha um papel primordial e o controle emocional se torna fundamental para lidar com a pressão diante das competições.

Segundo a neurocientista da BrainEstar, Drª Emily Pires, o cérebro de um atleta pode apresentar algumas diferenças em comparação ao de uma pessoa que não pratica esportes de forma intensa ou profissional e, por esse motivo, pode acabar reagindo de formas diferentes diante de algumas situações. “As principais diferenças estão relacionadas a adaptações funcionais e estruturais específicas que suportam o desempenho atlético. Atletas frequentemente exibem maior neuroplasticidade, ou seja, a capacidade do cérebro de se reorganizar e formar novas conexões neuronais. Isso é particularmente evidente em áreas relacionadas à coordenação motora, que são essenciais para a execução de movimentos precisos e complexos”, comenta a especialista.

Atletas podem ter vantagens também em certas funções cognitivas, como atenção, controle executivo e memória de trabalho, devido ao constante treinamento mental necessário para estratégias de jogo, análise rápida de situações e tomada de decisões. No entanto, a pressão psicológica durante as competições pode ter vários impactos significativos no cérebro desses competidores.

“A pressão psicológica pode ativar a amígdala (região do cérebro responsável pelas respostas emocionais) e uma amígdala hiperativa pode levar a respostas de luta ou fuga, dificultando a tomada de decisões racionais e rápidas necessárias durante a competição. Além disso, o estresse agudo ativa o eixo do hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA), levando à liberação de cortisol e esse aumento em níveis crônicos, podem prejudicar a função cognitiva e a memória, afetando o

desempenho do atleta”, comenta Emily Pires, acrescentando que outra área impactada é o córtex pré-frontal, responsável pelo planejamento, tomada de decisões e controle de impulsos.

“Sob estresse, o córtex pré-frontal pode ter sua função inibida, resultando em lapsos de concentração e aumento de erros. Em longo prazo, a exposição contínua ao estresse competitivo pode levar também a neuroplasticidade negativa, em que a estrutura e função cerebral podem ser alteradas de forma que comprometa o desempenho futuro, bem como a saúde mental do atleta, aumentando o risco de distúrbios como ansiedade e depressão”, explica a neurocientista.

Para conseguir vencer todos esses desafios internos é crucial que os atletas tenham acesso a técnicas de manejo do estresse e apoio psicológico. Nesse quesito, o neurofeedback desempenha uma função primordial. “O neurofeedback é uma técnica livre de medicamentos e intervenções invasivas e trabalha a regulação das atividades do cérebro para melhorar o seu funcionamento e possibilitar que o paciente aprenda a controlar de forma voluntária as ondas cerebrais que serão emitidas, aumentando a performance, saúde e bem-estar em diversas áreas da vida”, comenta o diretor técnico da BrainEstar, Profº Faria Pires, reforçando a importância dessa técnica para vida dos atletas.

“O Neurofeedback pode ajudar os atletas a aprimorarem a capacidade de manter foco e concentração, pode regular as respostas ao estresse, promovendo estados de relaxamento e reduzir a ansiedade, além de oferecer uma abordagem personalizada para otimizar o funcionamento cerebral, proporcionando aos atletas ferramentas para aumentar a resiliência mental e melhorar o desempenho esportivo”, comenta o professor.

ULTRAPASSANDO BARREIRAS

Apesar de morar em São Paulo, a atleta de alto rendimento e campeã brasileira, Mariana Caldeira, de 17 anos, viaja duas vezes por semana para São José dos Campos para realizar o treinamento com o neurofeedback. “Com apenas três meses já senti uma diferença muito grande durante as competições. Eu estava mais tranquila, concentrada e consegui me sair muito bem. Sinto que estou melhorando meu foco, desempenho e também o meu sono e emocional”, a diferença do

treinamento cerebral na vida da adolescente não foi notada apenas por ela, mas também pela família.

“A Mariana sempre gostou de nadar e nós a incentivamos desde pequena. Durante esse período ela passou por vários desafios pessoais e profissionais que foram importantes para o seu crescimento. Como família sempre buscamos ajudá-la no que fosse preciso e foi então que descobrimos o neurofeedback”, comenta a mãe, Luciana Caldeira.

“Todo campeonato ela ficava ansiosa, nervosa, se fechava e não falava muito com a gente, agora depois de realizar o treinamento cerebral, ela é outra pessoa. Está alegre, rindo, brincando e até chorando de alegria e era isso que eu queria. Eu quero ela ganhando, campeã, mas acima de tudo eu quero ela feliz e isso é visível”, reforçou Luciana Caldeira, acrescentando que agora o filho Lucas também realiza o treinamento.

BRAINESTAR   

A BrainEstar é um centro de treinamento cerebral exclusivo, onde pessoas em qualquer faixa etária têm a oportunidade de aprimorar suas habilidades mentais de maneira divertida e interativa através do neurofeedback. A BrainEstar está localizada na rua Carlos Maria Auricchio, nº 70, no Royal Park, em São José dos Campos e é uma das poucas instituições no Brasil a possuir o selo de reconhecimento internacional emitido pelo ISNR – International Society for Neuroregulation & Research. Para saber mais acesse: www.brainestar.com.br

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