Câmara nega informações sobre contrato da FCCR com empresa ligada ao PCC em São José

Os vereadores de São José votaram, na sessão de Câmara desta terça-feira (06), contra um requerimento do vereador Walter Hayashi (União Brasil), que pedia informações sobre um contrato da Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR) com uma empresa ligada ao grupo criminoso PCC.

O requerimento do vereador Walter Hayashi foi votado nesta terça-feira (06) e recebeu 10 votos favoráveis e 11 votos contrários.

Entenda o caso

Em São José dos Campos, a empresa prestou serviços de limpeza em prédios mantidos pela FCCR. O contrato vigorou de março de 2019 ao início de junho de 2024, quando foi rescindido pela FCCR “por descumprimento de obrigações trabalhistas”. No período, os pagamentos somaram ao menos R$ 5,736 milhões.

O empresário Vagner Borges Dias, que usa o nome artístico de Latrell Brito, foi alvo de uma operação do Ministério Público em abril. Ele é acusado de integrar um esquema que forjava concorrências para conquistar contratos públicos e “prestigiar interesses da facção criminosa PCC”. O esquema envolvia empresas a ligadas a Dias e incluía o pagamento de propinas a agentes públicos.

Na ocasião, o diretor-presidente da fundação, Tom Freitas, defendeu o processo licitatório realizado dizendo que “foi um processo licitatório correto, com 17 empresas participando de forma presencial, com 36 rodadas de lance, o que gerou economia”.

“Após as notícias [da operação do MP], tivemos uma determinação do prefeito [Anderson Farias, do PSD], de controle, olhamos e não identificamos nenhuma falha [no processo licitatório e no contrato]”, completou.

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