Traive fará novos desembolsos de crédito em programa de financiamento para a produção de soja responsável

A Traive, empresa de tecnologia para produtos financeiros no agronegócio, fará novos desembolsos de crédito agrícola para produtores da região do Cerrado que fizerem parte do programa para produção de soja sustentável. Os recursos serão disponibilizados em agosto e setembro deste ano, por meio do CRA RFC Cerrado – Certificado de Recebíveis do Agronegócio do Responsible Commodities Facility.
 

As revendas interessadas em oferecer o financiamento a seus clientes podem submeter as propostas para aprovação de crédito até a segunda quinzena de agosto. O CRA RFC Cerrado é um programa criado pela Sustainable Investment Management (SIM), com apoio da Opea Securitizadora e coordenação da Traive. O projeto visa financiar produtores de soja da região e tem sido uma peça-chave na promoção de práticas agrícolas responsáveis e avanço sustentável do agronegócio no Cerrado.
 

Para ter acesso ao crédito, os produtores precisam se enquadrar nos critérios de elegibilidade que incluem: produzir soja no bioma do Cerrado e fazendas no Estado do Mato Grosso do Sul, e Cerrado no Estado de São Paulo; não ter convertido áreas de vegetação nativa na fazenda desde janeiro 2020; se comprometer a não abrir mais áreas durante a vigência do financiamento e não utilizar defensivos banidos por tratados internacionais; e ter excedente de Reserva Legal no Bioma do Cerrado de pelo menos 5% (na própria fazenda ou em outras áreas).
 

“Entre os principais diferenciais, o programa oferece financiamento a juros competitivos e certificação para uma produção sustentável de soja, abrangendo médios e grandes produtores, com valores de crédito que variam de US$ 500 mil a US$ 4 milhões. A operação é efetuada em dólar e os recursos podem ser utilizados para compra de insumos e capital de giro de livre movimentação. Além dos produtores, o programa contempla revendas de insumos do Cerrado, que podem solicitar crédito para oferecer o financiamento aos seus clientes”, ressalta Luís Lapo, diretor de Risco da Traive.
 

As metas sustentáveis atreladas ao financiamento via “green bonds” têm sido um sucesso entre os produtores de soja no Cerrado comprometidos a evitar a conversão de seus excedentes de vegetação nativa, já que a iniciativa também protege diretamente o negócio.
 

Como coordenadora financeira da transação, a Traive utiliza a tecnologia para assegurar a saudabilidade do processo. “A operação oferece acesso a recursos financeiros essenciais para a governança e liquidez das revendas, além de possibilitar que o agronegócio se prepare para atender às exigências internacionais, em relação às restrições para importação de produtos associados ao desmatamento. Através da inteligência artificial, conseguimos unificar toda a esteira de crédito em um processo seguro, tanto para o investidor quanto para o produtor”, explica Fabricio Pezente, CEO da Traive.
 

Diferentemente de programas de certificação de soja responsável, que exigem diversas adequações das estruturas físicas – como controles biológicos, acompanhamento da biodiversidade da flora e fauna e restauração de áreas de reserva legal –, o RCF verifica a produção de soja e emite, de forma gratuita e em benefício dos produtores financiados, uma declaração de produção sem desmatamento.
 

O programa teve início em 2022, com investimentos dos supermercados britânicos Tesco, Sainsbury’s e Waitrose. No ano seguinte, esse capital se expandiu para US$ 47 milhões com a chegada de novos investidores, como os bancos Rabobank, Santander e do investidor de impacto Agri3.
 

Sobre o CRA RCF Cerrado:

• Oferece crédito a juros competitivos para produtores de soja que se comprometam a não converter seus excedentes de reserva legal.
• CRA emitidos em USD, com taxa all in competitiva para o produtor.
• O valor do financiamento varia de US$ 500 mil (mínimo) a US$ 4 milhões (máximo), com garantias de CPR Financeira com Alienação Fiduciária da lavoura ou Penhor, no valor de 110% do empréstimo.
• Desembolso em agosto e setembro de 2024, com vencimento em maio de 2025 e revolvência anual.
• O produtor deve ceder à Opea Securitizadora o contrato de venda de soja para uma trading até 90 dias antes do vencimento, fixar o preço 60 dias antes da colheita e reportar ao fundo o volume de produção final.
• Critérios de elegibilidade: produzir soja no bioma do Cerrado e fazendas no Estado do Mato Grosso do Sul, e Cerrado no Estado de São Paulo; não ter convertido áreas de vegetação nativa na fazenda desde janeiro 2020; se comprometer a não abrir mais áreas durante a vigência do financiamento e não utilizar defensivos banidos por tratados internacionais; e ter excedente de Reserva Legal no Bioma do Cerrado de pelo menos 5% (na própria fazenda ou em outras áreas).
• Emite declarações de produção de soja com desmatamento zero aos produtores participantes.

Fique por dentro de todas as notícias em tempo real, entre no nosso grupo de WhatsApp! (Clique aqui!)