IAC completa 137 anos com nova patente de método inovador para retardar o amadurecimento de frutos
Objetivo é reduzir as perdas de frutos carnudos, como é o caso do mamão, que se deterioram facilmente.
O Instituto Agronômico (IAC-Apta) completa 137 anos com a patente de um método para retardar o amadurecimento de frutos na pós-colheita, que visa à preservação dos frutos de modo a viabilizar seu transporte e comercialização. A pesquisa que gerou esse resultado foi desenvolvida no curso de doutorado da Pós-Graduação em Agricultura Tropical e Subtropical do IAC, em Campinas. O Instituto completa 137 anos nesta quinta-feira, 27 de junho, quando será realizada a cerimônia comemorativa, a partir das 15h, na sede do Instituto, em Campinas, com homenagens com o “Prêmio IAC” e a Medalha de “Honra ao Mérito Franz Wilhelm Dafert” para prestigiar personalidades e instituições por seus valores e serviços relevantes prestados à agricultura brasileira. Confira os agraciados abaixo.
O objetivo principal da invenção é reduzir as perdas de frutos carnudos, como é o caso do mamão, que se deterioram facilmente. A pesquisadora que fez doutorado na PG-IAC, Julia Claudiane da Veiga, relata que foi adotada a nanobiotecnologia para desenvolver uma tecnologia de armazenamento e conservação de frutos. O depósito da patente foi feito junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), em 24/04/2024, sendo 50% para o IAC e 50% para a Universidade Federal do ABC (UFABC).
Julia testou uma nova tecnologia a partir de nanopartículas biodegradáveis e biocompatíveis contendo doador de óxido nítrico aplicadas em frutas após a colheita, por dois métodos de aplicação – pulverização e imersão -, que estende o seu tempo de prateleira e viabiliza seu transporte e sua comercialização. Além da prática pós-colheita sustentável, essa tecnologia tem baixo custo.
Na Pós-Graduação do IAC, Julia esteve sob orientação da cientista do Instituto, Ilana Urbano Bron, e coorientação da pesquisadora Neidiquele Maria Silveira, vinculada à PG-IAC, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Participaram também as pesquisadoras Amedea Barozzi Seabra e Joana Claudio Pieretti, da Universidade Federal do ABC.
Dentre os benefícios da tecnologia, destacam-se a aplicação versátil e a eficácia, que facilitam a penetração e a distribuição homogênea do agente nos tecidos do fruto. Isso assegura a preservação da qualidade e armazenamento eficientes de frutos na pós-colheita, mantendo suas propriedades físicas e bioquímicas, além do valor nutricional. “Consequentemente, reduz o estresse oxidativo e mantém a qualidade do produto, ampliando a vida de prateleira na pós-colheita”, explica Neidiquele, que também é docente na Unesp de Rio Claro.
O mamão foi adotado como fruto modelo por ser um produto de interesse para exportação, daí a relevância de uma tecnologia que estenda sua vida útil. Segundo as pesquisadoras, a ideia é aumentar a durabilidade desses frutos, reduzir o amolecimento e a perda de massa para que ele não amolecesse rapidamente. Para isso, foram aplicadas as nanopartículas que liberam óxido nítrico.
De acordo com Julia, existe a possibilidade de a tecnologia ser adotada para outras espécies, a partir do uso desse método, considerando as variações existentes, além de outros estudos e adaptações.
A doutora pela PG-IAC iniciou a pesquisa em 2019 e a concluiu em 2023, com bolsa da Capes. Antes, havia feito mestrado na PG-IAC, em 2018, também com bolsa desta mesma agência de fomento e com estudos na área de Fisiologia da Pós-Colheita.
“Escolhi o IAC para minha carreira acadêmica, mestrado e doutorado, porque o IAC possui uma reputação sólida na minha área de interesse, oferecendo programas reconhecidos e recursos de pesquisa avançados. Acredito que a estrutura curricular e o corpo docente do IAC foram ideais para o desenvolvimento da minha carreira. A proximidade com outros centros de pesquisa e a possibilidade de colaborações também foram fatores decisivos na minha escolha”, diz a agrônoma pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas.
Entrega do Prêmio IAC 2024
Categoria Interna
Dr. Aildson Pereira Duarte – PRÊMIO IAC 2024 – Pesquisador científico
Reginaldo de Lima – PRÊMIO IAC 2024 – Apoio administrativo
Categoria Externa
Prefeitura Municipal de Louveira – PRÊMIO IAC 2024 – Destaque Especial
Prof. Dr. Germano Rigacci Júnior – PRÊMIO IAC 2024 – Personalidade do Ensino
Entrega da Medalha Franz Wilhelm Dafert – HONRA AO MÉRITO 2024
Sandra Schiavetto
Masako Toma Braghini
Impulsa Comunicação
SERVIÇO
137 anos do Instituto Agronômico
DATA: 27 de junho de 2024, às 15h
Local: Sede do IAC, avenida Barão de Itapura, 1481, Campinas, SP
Fique por dentro de todas as notícias em tempo real, entre no nosso grupo de WhatsApp! (Clique aqui!)
Deixe um comentário