Dia Mundial de Conscientização do Autismo: TEAmigos reúne mais de 500 famílias em grupo de apoio
A médica e mãe de autista Camila Kallaur fundou o grupo em 2017 com o intuito de informação e suporte
O dia 2 de abril foi intitulado pela ONU (Organização das Nações Unidas) como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), estima-se que há cerca de 2 milhões de pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Brasil.
Com intuito de propagar informações sobre o transtorno, a médica Camila Kallaur criou em 2017 o grupo TEAmigos. Camila é mãe do Henrique, de 12 anos, que é autista, e devido ao contato com outras mães e famílias que também tem filhos com TEA, ela criou o grupo no WhatsApp.
“Em 2020 a gente já era 400 famílias conectadas, então eu falei que não dava pra ficar só na internet, a gente precisava começar a fazer algo a mais por essas famílias. E eu sempre acreditei muito nisso, tudo traz inclusão. Então foi quando eu comecei a fazer eventos de palestras e jornadas. Hoje, a gente já fez mais de 7 palestras para pais e profissionais e mais de 4 eventos gratuitos, como de Natal, para familiares”, explica Camila.
A missão do TEAmigos é levar também capacitação e conhecimento para famílias e profissionais que trabalham com autismo. O projeto está se espalhando por todo o Vale do Paraíba e neste domingo (7) acontecerá a Primeira Caminhada Autista do Vale do Paraíba e Litoral Norte.
“A importância do dia 2 é a gente trazer a relevância do tema para mostrar que as famílias autistas ainda são muito carentes em muitos aspectos que o autismo impacta, desde o diagnóstico, acessos a terapias adequadas, acesso a escolas. As famílias sofrem muito com exclusão social em ambientes que no dia a dia a gente acha normal. Então, eu acho que a importância de ter um dia pra gente falar sobre autismo é a gente mostrar que ainda falta muita coisa para alcançar a inclusão, mas que é preciso conhecimento. É preciso que a gente tenha oportunidade de falar sobre o assunto para poder ensinar as pessoas que não convivem ou tiveram contato com nenhum autista”, explica Camila.
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