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Especialistas comentam a proibição do uso de terapias hormonais para fins estéticos pelo Conselho Federal de Medicina

O Conselho Federal de Medicina (CFM) proibiu a prescrição médica de terapias hormonais com esteroides e anabolizantes (EAA) com finalidade estética, ganho de massa muscular…

Por Portal Aqui Vale

O Conselho Federal de Medicina (CFM) proibiu a prescrição médica de terapias hormonais com esteroides e anabolizantes (EAA) com finalidade estética, ganho de massa muscular e melhora do desempenho esportivo. A proibição foi definida através da Resolução nº 2.333/23, publicada terça-feira (11) no Diário Oficial da União (DOU).

O CFM diz que as terapias hormonais não apresentam comprovação cientifica benéfica à saúde, e apresentam riscos e efeitos colaterais adversos, mesmo quando usados em doses terapêuticas e deficiência hormonal não identificada. Pode-se ter efeitos colaterais como infarto agudo do miocárdio, doenças hepáticas, distúrbios endócrinos como infertilidade, disfunção erétil, diminuição de libido, hipertensão arterial sistêmica, entre outros. 

O médico Luciano Bertolini, especialista hormonioterapia e ortomolecular, explica que, em casos de diminuição de hormônios no paciente, é indicado a reposição hormonal desde que seja realizada com base em exames e que seja academicamente comprovado.

“Eu sempre usei uma reposição hormonal para aqueles pacientes que são indicados, àqueles que tem uma queda precoce nos hormônios que dão qualidade de vida. Essa queda hormonal se deve a muitos fatores como obesidade, estresse, diabetes, entre outros. Então, eu faço uma série de exames no paciente e verifico se realmente ele precisa de uma reposição de algum hormônio para melhorar a qualidade da vida.” Explica o médico. E ressalva ser contra o uso indiscriminado em busca de hipertrofia e ganho de massa muscular em academia.

A advogada Sandra Franco, especialista em direito médico, diz que para combater o uso errado da terapia hormonal, na sua concepção, não seria necessária uma proibição, mas sim com uma regulamentação da indicação. Ou seja, quais os requisitos, quais são as pessoas, os perfis e as situações em que essas substancias poderão ser prescritas.

“Quando você expõe uma regulamentação bem objetiva, baseada em artigos científicos, porque eles existem, ainda que o CFM tenha dito que não e que a metodologia desses artigos científicos não seria adequada, o fato é que existem estudos sim, e existe há muito tempo, desde a década de 70. Lembrando que a indicação clinica continua, mas nós temos uma sutileza entre o que é uma finalidade estética e o que é exatamente uma medicação clínica. E essa sutileza é que trouxe para muitos médicos uma insatisfação com a resolução.” explica a advogada.

Em entrevista para o Portal Aqui Vale, uma ex-atleta que não quer se identificar, revelou que usava anabolizantes e que parou há algum tempo por uma questão de saúde. Ela acredita que a proibição não é algo efetivo, visto que, muitos atletas do fisiculturismo recorrem as terapias hormonais, e por uma questão de falta dinheiro não conseguem realizar o acompanhamento médico necessário para que a terapia hormonal seja executada de forma segura à saúde.

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