Espaço Alto Exposição em parceria com Instituto Caburé do Piauí
O Instituto Caburé, fundado no Piauí e também com atuação no Ceará e Maranhão, aterrissa em São Paulo e faz parceria com o Espaço Alto…
O Instituto Caburé, fundado no Piauí e também com atuação no Ceará e Maranhão, aterrissa em São Paulo e faz parceria com o Espaço Alto para um dia de imersão para convidados na cultura popular da região e foi no dia 14 de abril a exposição da Dona Nêda abre para o público em geral e fica até o dia 19 de abril com entrada franca. Vale conhecer um pouco deste Brasil!
“O Nordeste é a alma brasileira, lugar de gente feliz e acolhedora. É berço do Brasil e dos povos e costumes tradicionais, têm muito a ensinar”, diz Camilla Marinho, idealizadora do Instituto Caburé.
Segundo ela, “é preciso ressignificar a forma como lidamos com a nossa cultura popular e trazer esses protagonistas, que contam a história do nosso Brasil, para o centro das discussões. Eles precisam de visibilidade, de respeito e apoio para que a nossa história não se apague. Valorizar e enaltecer esses mestres e mestras populares é nos reconectar com a nossa ancestralidade – justamente o que buscamos articular como Instituto”, finaliza Camilla.
Artista Nêda
A artista Dona Nêda reaproveita as madeiras de antigas canoas trazidas pelas marés para criar sua arte. Segundo ela, o seu trabalho tem parceria com o tempo, o vento e o mar. Eles trabalham no compasso das marés, levando e trazendo suas artes, e eu no meu tempo dou vida a elas, conta. Seu trabalho consiste em sair para a praia e colher as madeiras que chegam nas noites de lua cheia e lua nova (momentos em que a maré fica grande e o “lixo” chega). Em mais de dois anos de acompanhamento da artista, já foram mensurados alguns impactos, como o empreendedorismo local, aumento da renda familiar, valorização dos seus saberes e divulgação a nível nacional da artista popular.
Instituto Caburé
É um grupo de empreendedores sociais comprometidos em criar um futuro mais justo e sustentável para o Nordeste brasileiro. Nasceu no Norte do Piauí́ e hoje já atua no Ceará e no Maranhão. A fundadora, Camilla Marinho, iniciou o Instituto Caburé́ porque acredita que os saberes ancestrais, aliados à ciência e tecnologia, podem transformar positivamente as vidas de milhões de pessoas em comunidades tradicionais.
Os pilares da Instituição, são: educação, cultura e clima. Trabalhamos com parceiros públicos e privados com o objetivo de educar crianças, valorizar as culturas tradicionais e suas paisagens, além de contribuir para a diminuição dos impactos das mudanças climáticas e conservação dos biomas.
Outros programas do Instituto Caburé
Marisqueiras– apoiar as marisqueiras de Cajueiro da Praia-PI, são um grupo de mulheres que, pelo menos há três gerações, buscam nas areias, nas pedras e nos mangues da localidade os mariscos e moluscos que complementam a renda e ajudam a assegurar o sustento de suas famílias.
Caburezinhos – educação ambiental – O programa Caburezin atende as crianças do povoado da Barrinha através de ações que têm como objetivo fortalecer os pilares do Instituto Caburé: arte, educação, cultura e meio-ambiente.
Turismo de base comunitária – Desenvolver e fortalecer grupos comunitários para o turismo de base comunitária.
Valorização da cultura popular – Incentivar artistas e festejos populares, como Reisado e Bumba Meu Boi no Povoado da Barrinha-PI.
Sobre o espaço cultural
Alto é um espaço cultural localizado no Centro Histórico de São Paulo.
Alto é um convite para deixar de lado o olhar cotidiano e ver o mundo a partir de novas lentes.
O Espaço está localizado em um prédio icônico do Centro Histórico de São Paulo. A construção é de cem anos atrás e pelo prédio passou a primeira exposição de Anita Malfatti. Agora entra num novo ciclo, o Espaço acolhe pesquisas artísticas que buscam materializar explorações
metafísicas das existências a partir de um olhar atento para dentro.
Alto faz um chamado para abandonarmos o olhar cotidiano e observarmos o mundo a partir de novas lentes.
O Espaço faz um convite ao respiro, ao tempo lento que permite a observação e a reflexão. A arquitetura e a cenografia funcionam como um casulo protetor que nos incentiva a abandonar temporariamente a carcaça que montamos para enfrentar o caos de um grande centro urbano
e nos deixarmos ser afetados. Assim, podemos nos dedicar a observar as pequenas coisas que compõem as grandes estruturas; a procurar segredos debaixo de pedras, a escutar o que as conchas nos têm a dizer sobre o mar. Ao pensar localmente e não globalmente, Alto dedica-se a explorar a riqueza na simplicidade.
Deixe um comentário