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As lições do amor exigente

Há quem goste exageradamente de drogas e se perca nesse mundo complexo, cheio de sombras e perigos. Há quem dependa demais dos apegos emocionais. É…

Por Carlos Abranches

Há quem goste exageradamente de drogas e se perca nesse mundo complexo, cheio de sombras e perigos.

Há quem dependa demais dos apegos emocionais. É a hora em que os laços tornam-se algemas, tornando as relações verdadeiros tormentos para os envolvidos.

Para superar esses obstáculos, vários caminhos se abrem à frente de quem deseja dar novo rumo à própria vida.

Tive a oportunidade de conhecer um pouco mais a fundo os trabalhos realizados pelo “Amor Exigente”.
A entidade foi criada no Brasil em 1985, pelo padre jesuíta texano Harold J. Rahm. Ele adaptou o modelo de um projeto de trabalho chamado “Though love”, criado por um casal de psicólogos americanos cujas três filhas se envolveram com drogas.

​​​​​De acordo com as diretrizes do Amor Exigente, uma das formas de manter a disciplina da transformação progressiva são os doze princípios. Eles eram, a princípio, dez, no modelo americano, mas receberam mais dois, a partir da contribuição da escritora Mara Sílvia de Menezes, na adaptação à realidade brasileira.

Vou apresentá-los aqui, para que você reflita sobre a importância dessa proposta na mudança de atitude de uma pessoa comprometida com as drogas.

  1. Os problemas da família têm raízes na estruturação atual da sociedade;
  2. Os pais também são gente;
  3. Os recursos são limitados;
  4. Pais e filhos não são iguais;
  5. A culpa torna as pessoas indefesas e sem ação;
  6. O comportamento do filho afeta os pais. O comportamento dos pais afeta o filho;
  7. Tomar atitude precipita crise;
  8. Da crise bem administrada, surge a possibilidade de mudança positiva;
  9. Na comunidade, as famílias precisam dar e receber apoio;
  10. A essência da família repousa na cooperação, não só na convivência;
  11. A exigência na disciplina tem o objetivo de ordenar e organizar nossa vida e a de nossa família;
  12. Amor com respeito, sem egoísmo, sem comodismo deve ser também um amor que eduque, que oriente e exija.

Aprendi, conversando com as pessoas que mantém os serviços da entidade em várias cidades do Vale do Paraíba e em todo o Brasil, que oferecer princípios firmes e afeto amadurecido a drogadictos e seus familiares significa sugerir-lhes referências de segurança e disposição para o equilíbrio, em meio a tantos transtornos ao longo do dia-a-dia.

Sugiro que as famílias se reúnam e conversem sobre cada um desses itens. Quando a comunicação melhora, a luz apaga as trevas.
Se está em jogo salvar nossos filhos ou alguém que a gente ama, agir com conhecimento do tema é um ato de sabedoria.

Pense nisso com carinho e mãos à obra!

Carlos Abranches

Renomado jornalista e apresentador de televisão, possui uma carreira brilhante na área de comunicação somada com inúmeros outros talentos, como músico, professor e psicanalista. Em sua coluna no Aqui Vale sobre psicologia e relações humanas, Abranches vai refletir sobre a importância do autoconhecimento para uma vida melhor e mais saudável.

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