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A “caça” por boas condutas ao redor do mundo

Há 13 anos na Organização das Nações Unidas (ONU), após o período mais grave da pandemia, a egressa do curso de jornalismo da Universidade de Taubaté (UNITAU)…

Por Portal Aqui Vale

Há 13 anos na Organização das Nações Unidas (ONU), após o período mais grave da pandemia, a egressa do curso de jornalismo da Universidade de Taubaté (UNITAU) passou a dedicar seu tempo na produção de minidocumentários ao redor do mundo, passando por países como Kosovo, Somália e Itália. 

Entre os significados para o conceito de “boas práticas” está o de atividades que gerem resultados e alto impacto. Para a ONU, as boas práticas devem ser replicáveis, consistentes e adaptáveis a outras realidades. 

“Faço parte do Departamento de Suporte Operacional da ONU. Visito as missões de paz, identifico boas práticas relacionadas com suporte que estão funcionando e que podem ser implementadas. Faço as entrevistas e produzo minidocs entre 5 e 7 minutos. E seções informais para discutir esses projetos”, explica Michelle. 

Foto: Arquivo Pessoal

De acordo com a egressa, a ideia é reduzir a redundância do trabalho da ONU ao redor do mundo e aumentar a eficiência da aplicação das iniciativas. O que dá certo em um lugar também pode dar certo em outro lugar. 

“Um dos frutos do projeto foi um primeiro conjunto de vídeos no Kosovo para consumo interno, por meio de uma parceria com a ONU News. Tive de ter muito cuidado com algumas informações para não colocar a missão de paz em risco. Falamos sobre a tecnologia de smart offices (escritórios inteligentes).” 

Escritórios inteligentes são estruturas otimizadas e com o suporte de tecnologias para uma maior produtividade e eficiência, com redução de custos.  

Em 2022, Michelle esteve em missões em Brindisi, localizada na região da Puglia (Itália), no mês de maio. Em julho, ela foi para a Somália. “Filmei cinco projetos na Itália e quatro na Somália. Voltei com 12 horas de filmagens.” 

Na Somália, por exemplo, Michelle conheceu um projeto de reflorestamento que usa drones para o lançamento de sementes. “Lá é perigoso, eles perderam muita floresta, tem muita seca. É uma parceria com as forças armadas do Reino Unido. Se alguém atirar é só um drone. Eles lançam as sementes dentro de bolinhas de carvão. As sementes permanecem protegidas até que venha a chuva, que derrete o carvão e elas podem geminar.”  

Já em Brindisi, a jornalista conheceu uma solução para contaminação de diesel no solo. “A equipe da ONU na Itália mandou um técnico para avaliar a poluição e eles levam soluções biológicas. Uma das soluções que descobriram na Costa de Marfim foi colocar cocô de galinha, que atrai uma bactéria que come o cocô e consome o óleo diesel.” 

Quando não está viajando, Michelle mora em Nova Iorque e fica sediada no escritório da ONU de lá. “Venho para Nova Iorque desde os 6 anos, gosto porque é um lugar internacional, estou exposta a culturas diferentes.” 

A egressa se lembra de seu período no Departamento de Comunicação Social, onde se formou, em 2003. Ela destaca a necessidade de sempre questionar, de estimular a curiosidade.  

“É importante ter a curiosidade de perguntar. Essa falsa ignorância vai te levar a novos lugares. Ter feito a faculdade me deu uma estrutura importante para o que estava por vir. Assim que me formei, comecei a trabalhar no Jornal da Tarde e depois no Estadão. Aprendi muito colocando a mão na massa. Plantei a semente que precisava para poder florescer.” 

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