Mitomania: Quando mentir passa a ser uma doença?
No dia da mentira, 1° de abril, é muito comum que as pessoas preguem peças contando alguma mentirinha ou outra. Porém, o ato de mentir…
No dia da mentira, 1° de abril, é muito comum que as pessoas preguem peças contando alguma mentirinha ou outra. Porém, o ato de mentir compulsivamente pode ser uma doença chamada de mitomania.
A mentira é uma artimanha utilizada por nós em inúmeras situações. É uma das formas de conseguir poder e até se safar de situações embaraçosas. Assim como a linguagem, pesquisadores dizem que a mentira também se desenvolveu e se aprimorou ao longo dos anos.
Quem nunca mentiu quando questionado sobre um corte de cabelo? Ou se estava bem? Ou se gostou de uma comida? Até mesmo as crianças, que são ensinadas a não mentir, usam o mecanismo para não ferir os sentimentos de alguém. Já parou para imaginar como seriam as nossas relações socias se só contássemos verdades?
O professor de pediatria e psiquiatria da Universidade Rutgers, nos Estados Unidos, Michael Lewis diz que a mentira serviu como “uma necessidade evolutiva para nos proteger do mal” ao longo da história da humanidade. De acordo com alguns pesquisadores, ouvimos e contamos ao longo de um dia 100 mentiras.
A psicóloga Vivian Salas diz que “mentiras contadas de forma corriqueira, as vezes para contar histórias ou dar desculpas é algo natural. A partir do momento que essa mentira passa a ser compulsiva é que deve se preocupar, pois se trata da doença mitomania. Mito, refere-se à fantasia, a mitologia. E mania significa ato compulsório, esse adoecimento das emoções.”
A OMS (Organização Mundial da Saúde) considera a mitomania uma doença, porém não tem dados de quantas pessoas são afetadas por ela no mundo. Estima-se que pelo menos 1 milhão de pessoas sofram de mitomania.
“Geralmente a pessoa mente sem necessidade, ou como forma de proteção, com medo do julgamento alheio ou como uma promoção, ela precisa se sobressair de alguma forma, promovendo fantasias.” comenta a psicóloga.
Tem tratamento que consiste em acompanhamento com profissionais da saúde mental como psicólogos e psiquiatras.
Uma vez que a pessoa busque ajuda, ela pode entender quais os gatilhos que a levam à mentira. As vezes é uma situação em que ela se sente inadequada, ameaçada ou para se sentir pertencente e incluída. Pode ser medicada, pois muitas vezes está associada a outras doenças mentais, como bordeline, transtorno de personalidade e depressão.
Deixe um comentário