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Até o fim do dia

24 horas. No relógio, prazo inevitável a cumprir diariamente, dentro do ciclo dinâmico da vida.Para cumprir com dignidade essa viagem pelos 84.600 segundos de um…

Por Carlos Abranches

24 horas. No relógio, prazo inevitável a cumprir diariamente, dentro do ciclo dinâmico da vida.
Para cumprir com dignidade essa viagem pelos 84.600 segundos de um dia, quero ver se consigo cumprir algumas tarefas importantes, como essas:

  • Começá-lo com dignidade, sabendo que o mau humor logo cedo, antes de sair da cama, pode interferir negativamente em tudo que vier a acontecer mais tarde.
  • Respirar profundamente, dando a meu corpo o tempo necessário para a oxigenação das células e melhorando minha relação com as pressas inerentes ao cotidiano.
  • Olhar para as pessoas com quem convivo de um jeito diferente e melhor do que fiz ontem. Vou dar a mim mesmo a chance de fazer diferente o que normalmente faço da mesma maneira, todos os dias.
  • Antes de entrar em meu local de trabalho, disciplinar ideias e sentimentos, para não permitir que as flutuações do humor (tanto minhas quanto dos meus colegas) afetem a qualidade de minhas atividades profissionais.
  • Conseguir que qualquer pessoa que estiver comigo sinta a nobreza de meus sentimentos, ao me preparar para ser o melhor em qualquer situação, com os recursos que tenho agora, à minha disposição.
  • Reforçar um tanto mais algumas crenças possibilitadoras, que me abrem alternativas seguras de transformação pessoal.
  • Acreditar mais em meus amigos, dizendo a eles, sem medo de me revelar, o quanto são importantes para mim.
  • Falar “eu te amo” ao meu amor, a meus filhos, ao meu cachorrinho, a meu livro, ao poeta preferido, ao disco inesquecível, à coragem de dizer “eu te amo”.
  • Ouvir os sons da natureza, presentes na árvore, no rio, no vento, na montanha, na gota d’água.
  • Captar os pedidos sinceros de meu corpo, canal de manifestação da alma que sou.
  • Fazer uma canção, escrever um poema.
  • Ouvir alguém com sentimento de disponibilidade.
  • Procurar um amigo que queira ouvir meus sonhos, tristezas, alegrias e projetos para o amanhã.
  • Voltar para casa atento, mas, também descontraído, administrando com qualidade as difíceis contradições de meus dias, ao mesmo tempo mansos e trágicos, dramáticos e sofridos.
  • Deitar-me limpo, perfumado pelo sentimento de um dia melhor e maduramente vivido.
  • Esperar pelos sonhos comuns às madrugadas tranquilas, apesar das duras batalhas da vigília.

24 horas. Será pouco tempo para tanto? Ou muitas horas para o suficiente?
Só sei que quero ser feliz. E tenho um dia inteiro para colocar mais um tijolinho nessa obra.

Carlos Abranches

Renomado jornalista e apresentador de televisão, possui uma carreira brilhante na área de comunicação somada com inúmeros outros talentos, como músico, professor e psicanalista. Em sua coluna no Aqui Vale sobre psicologia e relações humanas, Abranches vai refletir sobre a importância do autoconhecimento para uma vida melhor e mais saudável.

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