59% dos 800 milhões de adultos com diabetes não recebem tratamento adequado
As maiores dificuldades de tratamento foram observadas em países de baixa e média renda, onde menos de 4 em cada 10 adultos com diabetes estavam em tratamento
Um estudo publicado no último 13 de novembro na revista The Lancet revela que, em 2022, aproximadamente 59% dos 800 milhões de adultos com diabetes em todo o mundo não estavam recebendo tratamento adequado. A pesquisa, conduzida pela NCD Risk Factor Collaboration (NCD-RisC) em colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS), destaca a crescente prevalência da doença e as disparidades no acesso ao tratamento.
Entre 1990 e 2022, a taxa global de diabetes em adultos dobrou, passando de 7% para 14%. Esse aumento é atribuído a fatores como obesidade, dietas inadequadas e sedentarismo. O estudo indica que, em 2022, havia cerca de 828 milhões de adultos com diabetes, um aumento significativo em relação aos 422 milhões estimados anteriormente pela OMS.
A pesquisa revela que, apesar do aumento no número de casos, o acesso ao tratamento permanece estagnado. Em 2022, cerca de 445 milhões de adultos com 30 anos ou mais não estavam recebendo medicamentos para controle da doença. As maiores lacunas de tratamento foram observadas em países de baixa e média renda, onde menos de 4 em cada 10 adultos com diabetes estavam em tratamento.
Impacto das desigualdades regionais
As disparidades regionais são evidentes. Na África Subsaariana, apenas 5% a 10% dos adultos com diabetes recebem tratamento. Em contraste, países da Europa Central e Ocidental, América Latina, Canadá e Coreia do Sul apresentaram melhorias nas taxas de tratamento, com mais de 55% dos pacientes recebendo cuidados adequados.
A falta de tratamento eficaz aumenta o risco de complicações associadas ao diabetes, como doenças cardíacas, danos renais e perda de visão. Especialistas alertam que a ausência de intervenções adequadas pode levar a mortes prematuras e sobrecarregar os sistemas de saúde pública.
O estudo enfatiza a urgência de políticas públicas que promovam dietas saudáveis, incentivem a atividade física e melhorem o acesso a tratamentos eficazes, especialmente em países de baixa e média renda. A implementação de estratégias de prevenção e controle do diabetes é essencial para enfrentar essa crescente ameaça à saúde global.
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